O ES 500 Anos conta com a influência e antevisão nas questões sociais e ambientais do Terceiro Setor Capixaba
Por Robson Melo
Há uns 20 anos se viu aqui no Espírito Santo uma grande guinada nos destinos de uma sociedade coesa e determinada a dirigir o seu destino. Havia naquele tempo uma grande ameaça político-institucional de o Estado se tornar refém do poder do crime organizado, esse apropriador das liberdades e, por consequência, dos seus destinos. O método praticado envolvia a extorsão de empresas e instituições, com ameaças na segurança, oferecendo facilidades na aprovação de seus planos submetidos ao Poder Legislativo, que já “estaria dominado”.
Para nossa alegria e esperança, a sociedade soube se contrapor diante da ameaça, efetivamente, com o Movimento Reage Espírito Santo. Hoje, em consequência disso, vivemos com estabilidade institucional e econômica, seguindo Planos de Estado regularmente revisitados, chamados ES 2025 e ES 2030, e partindo agora para antever o ano 2035, quando se celebra os 500 anos de vida institucional e política capixabas. Vem aí o ES 500 Anos!
Este episódio nos ensina a importância de seguirmos atentos e cuidarmos bem do que nos mantém como sociedade coesa. Precisamos contar com instituições e economia fortes, e termos, também, um Estado socialmente justo e distributivo nos bens e serviços produzidos, tais como educação, saúde, segurança, bem-estar, enfim.
Nesse sentido, o ES 500 Anos conta com a influência e antevisão nas questões sociais e ambientais do Terceiro Setor Capixaba. O Movimento Empresarial ES em Ação entende. Assim, convocou as entidades, que deram sua contribuição, trazendo a visão de que as parcelas da sociedade mais vulneráveis precisam ser igualmente ouvidas, direta ou indiretamente.
As instituições de assistência social, as de defesa de direitos, as de promoção da arte e cultura, as de atenção à saúde, as de promoção da educação, as de defesa do meio ambiente, todas estas especialistas em cuidado das pessoas e natureza, salientaram que na casa capixaba que nos é comum, estão as pessoas idosas, as crianças, os quilombolas, os indígenas, as comunidades tradicionais ribeirinhas aos recursos hídricos, as das periferias das cidades, ainda carentes de serviços de saneamento, de saúde, infraestrutura, transporte, segurança, escolas…
Todos esses direitos quando atendidos são necessários para evitar ou, pelo menos, antecipar medidas de ação coercitiva armada.
Enfim, a Sociedade do Cuidado é o que se quer nos 500 anos de Espírito Santo, o nosso estado.
Robson Melo é presidente da Fundaes, a Federação do Terceiro Setor Capixaba