É fundamental que todos nós compreendamos que a responsabilidade pelo cuidado com o meio ambiente é coletiva
Por Andre Gomyde
A mudança climática é uma das maiores ameaças que o planeta enfrenta atualmente e seus impactos são cada vez mais visíveis e devastadores. Ondas de calor mais intensas, aumento do nível do mar, secas prolongadas e desastres naturais mais frequentes são apenas algumas das consequências desse fenômeno. No entanto, o ponto mais preocupante é que ainda existe uma parcela da população que insiste em tratar esse problema como algo distante ou de responsabilidade de terceiros, como governos ou organizações internacionais.
É fundamental que todos nós compreendamos que a responsabilidade pelo cuidado com o meio ambiente é coletiva. A luta contra o aquecimento global e suas consequências não pode ser vista como uma questão política, tampouco como uma bandeira partidária. Independentemente de ideologias, crenças ou convicções, todos estamos no mesmo planeta, e o que está em jogo é a sobrevivência de cada um de nós e das futuras gerações.
A ciência é clara: a Terra está aquecendo a uma velocidade alarmante e isso é, em grande parte, resultado das atividades humanas. A queima de combustíveis fósseis, o desmatamento e o consumo desenfreado de recursos naturais são alguns dos fatores que aceleram essa crise. Se não agirmos agora, o impacto será irreversível. O aquecimento global pode tornar vastas áreas do planeta inabitáveis, provocar migrações em massa, colapsar ecossistemas e causar a extinção de inúmeras espécies.
Mas por que ainda fingimos que esse problema não é nosso? Talvez porque a mudança climática, em muitos casos, seja silenciosa e gradual, o que pode gerar uma falsa sensação de que temos tempo. No entanto, cada escolha que fazemos em nossa rotina, seja no consumo de energia, no uso de transportes ou na forma como tratamos os resíduos, tem impacto direto no meio ambiente. Pequenas ações, quando somadas, podem fazer uma enorme diferença.
A proteção do meio ambiente não deve ser uma pauta restrita a uma classe, partido ou liderança política. O ar que respiramos, a água que bebemos e o solo que nos alimenta são fundamentais para todos, sem exceção. A crise climática atinge a todos nós, independentemente de nossas ideologias, fé ou visão política. Ela é uma questão de sobrevivência. Portanto, é hora de deixarmos de lado as diferenças e unirmos forças em prol de um objetivo comum: salvar o planeta e, consequentemente, salvar nossas próprias vidas.
O tempo para agir é agora. Não podemos mais fechar os olhos para o que está acontecendo ao nosso redor. A mudança climática não é algo abstrato ou distante; seus impactos já estão sendo sentidos no dia a dia, seja nas enchentes, nas ondas de calor ou na escassez de água.
A pergunta que fica é: até quando continuaremos fingindo que o problema não é nosso? Até quando vamos esperar que alguém tome a frente dessa luta por nós? A verdade é que cada um de nós tem um papel a desempenhar, e só conseguiremos fazer a diferença se estivermos unidos. O planeta pede socorro, e nossa resposta precisa ser rápida e eficaz.
Andre Gomyde é presidente do Instituto Brasileiro de Cidades Humanas, Inteligentes, Criativas e Sustentáveis e mestre em administração pela FCU-EUA