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quinta-feira, 2 maio, 2024

Grande Vitória: 198 produtos sobem de preço em um ano

A inflação reduziu o ritmo de crescimento em 2022, mas fechou com +5,8%, o que elevou o preço de alguns produtos

Por Amanda Amaral 

Em 2022, 198 bens e serviços apresentaram elevação de preço na Região Metropolitana da Grande Vitória. A maior alta no acumulado do ano foi identificada no inhame, com inflação de 144,6%, seguido da cebola (109,8%) e da farinha de mandioca (+65,6%).

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As informações são do Índice Nacional de Preços ao Consumidor Amplo (IPCA), elaborado pelo Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE), e constam no estudo Panorama Econômico do Espírito Santo – 4º Trimestre de 2022, do Instituto Jones Santos Neves (IJSN).

Entre os que registraram alta 4º Trimestre de 2022, estão também a batata-inglesa (+64,0%), a corrida de táxi (+54,8%), o caldo concentrado (+36,8%), a farinha de trigo (+36,0%), o seguro voluntário de veículo (35,2%), a maionese (+34,2%), o pão de forma (+32,8%), o queijo (+32,3%), o leite em pó (+31,1%) e a cenoura (+30,5%).

Em sentido contrário, dos 18 produtos que ficaram mais baratos apenas feijão-preto (-10,9%), computador pessoal (-11,1%), televisor (-12,2%), acesso à internet (-12,9%), manga (-13,8%), cheiro-verde (-15,4), energia elétrica residencial (-23,2%) e gasolina (-26,7%) apresentaram redução de dois dígitos.

Trajetória da desaceleração

A inflação, que havia fechado 2021 com alta de dois dígitos no Brasil (+10,1%) e na Grande Vitória (+11,5%), reduziu o ritmo de crescimento e o 4º Trimestre de 2022 com alta de +5,8% na média nacional e +5,0% na Região Metropolitana do Estado.

A trajetória de desaceleração dos preços se intensificou a partir de julho de 2022, as maiores contribuições para redução do patamar da taxa de inflação a longo no ano vieram dos grupos Comunicação, Habitação e Transportes. Na Grande Vitória, os dois primeiros apresentaram deflação de -2,1% e -2,2%, respectivamente, e taxas de -1,0% e +0,1% no país.

Transportes registrou deflação de -1,3% no Brasil e alta de +1,3% na Região Metropolitana do Estado. As variações neste grupo foram influenciadas pela redução dos impostos incidentes sobre os combustíveis, em particular a gasolina.

Já outros três grupos de produtos e serviços na Grande Vitória apresentaram elevação de dois dígitos: Vestuário (+13,7%), Alimentação e bebidas (+12,2%) e Saúde e cuidados pessoais (10,3%) “A inflação tem trazido grande preocupação, não só para a economia nacional, mas para a internacional também. A gente vê a questão das taxas de juros nos EUA, por exemplo, que é um grande parceiro comercial do Brasil e do Espírito Santo, principalmente. Essas taxas influenciam a movimentação entre esses países”, analisou o coordenador de Estudos Econômicos do IJSN, Antônio Ricardo Freislebem da Rocha.

PIB do ES

A economia capixaba cresceu 1,9% no acumulado de 2022, desempenho influenciado pela expansão de 8,9% no setor de Serviços e de +0,3% no do Comércio varejista ampliado. O desempenho da economia capixaba foi divulgado quarta-feira (08) pelo IJSN, juntamente com o Panorama Econômico do Espírito Santo – 4º Trimestre de 2022.

“Se a economia brasileira vai bem, o Espírito Santo tende a ir melhor ainda, mas quando a economia brasileira começa a ter um processo de desaceleração ou de queda, o Espírito Santo tende a ter um processo mais forte de desaceleração e de queda no indicador do PIB”, afirmou o diretor-presidente do IJSN, Pablo Lira.

preço
Pablo Lira comenta sobre o crescimento da economia capixaba. Foto: Divulgação/IJSN

Taxa de desocupação

O Espírito Santo encerrou 2022 com taxa de desocupação de 7,2%, ao passo que o Brasil fechou o ano com 9,3%. O número de desocupados no Estado, estimado em 156 mil pessoas, caiu em comparação ao quarto trimestre de 2021, um decréscimo de 58 mil pessoas (-27,15%). No Brasil, a desocupação caiu -3,2% na comparação do período.

Com relação à geração de empregos, Antônio Ricardo Freislebem da Rocha destacou o saldo de 2022: “O estoque alcançou a marca de 818 mil empregos formais e um saldo no ano de quase 45 mil novos empregos gerados na nossa economia. O desempenho foi impulsionado principalmente pelo setor de Serviços com mais de 24 mil novas vagas criadas, o Comércio com 10.400 e a Construção civil com 5 mil novas vagas”. O estudo apresentado pelo IJSN apontou também que o rendimento médio real habitual dos trabalhadores foi estimado para o Espírito Santo em R$ 2.781, registrando crescimento de +6,3% na comparação interanual. A massa de rendimento habitual de todos os trabalhos no estado, estimada em R$ 5,43 bilhão, cresceu +8,8% frente ao 4º trimestre de 2021.

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