Sono de qualidade aumenta longevidade, revela estudo
Por Rafael Goulart
A boa alimentação e a prática de atividade física já são aliadas conhecidas do bem-estar e bem viver. Porém há um terceiro elemento, que é negligenciado por dois a cada três brasileiros, nessa base de uma vida saudável: o sono.
De acordo com estudo divulgado pelo Colégio Americano de Cardiologia, uma instituição sem fins lucrativos que confere credenciais a especialistas cardiovasculares – dormir bem pode fazer com que os homens vivam 4,7 anos e mulheres 2,4 anos a mais.
“O sono desempenha um papel fundamental na função cognitiva e na consolidação da memória. Durante o sono, o cérebro processa as informações do dia e fortalece as conexões neurais importantes para a aprendizagem e o armazenamento de memórias. Uma boa qualidade de sono melhora a capacidade de concentração, o desempenho cognitivo e a tomada de decisões, confiante para uma vida mais longa e produtiva”, esclareceu a pneumologista, Jessica Polese.
A médica, que é especialista em medicina do sono, esteve presente no XX Congresso Paulista de Medicina do Sono em maio e debateu com outros médicos sobre o impacto do sono na longevidade.
“A falta de sono ou sono insuficiente pode levar a desequilíbrios hormonais, como o aumento do hormônio do estresse, o cortisol, e a redução de hormônios que promovem o bem-estar, como a melatonina. Esses desequilíbrios hormonais podem ter um impacto negativo na saúde geral e na longevidade”, diz a médica.
Coágulos
Dormir menos de 5 horas por noite pode levar ao entupimento de vasos sanguíneos nos membros inferiores (pernas) e provocar coágulos, é o que indica um estudo um estudo publicado este ano na European Heart Journal.
Durante a análise de dados de 650 mil pessoas que tiveram coágulos, os pesquisadores descobriram que os pacientes que dormiam menos de cinco horas por noite tinham duas vezes mais risco de desenvolver coágulos sanguíneos.