O anúncio foi feito nesta quarta-feira (15), pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro
Cariacica será uma das cinco cidades brasileiras que receberão o projeto-piloto do Programa Nacional de Enfrentamento à Criminalidade Violenta, anunciado, nesta quarta-feira (15), pelo ministro da Justiça e Segurança Pública, Sergio Moro.
O projeto, que pretende reduzir os crimes violentos nas cidades com maiores índices de homicídios, será implementado também em Ananindeua (PA), Goiânia (GO), Paulista (PE) e São José dos Pinhais (PR).
Durante coletiva, o ministro explicou os critérios utilizados para a escolha das cidades. “O principal critério adotado foram os altos índices de crimes violentos, no caso, assassinatos nesses municípios, aliados a outros fatores específicos relacionados especialmente à questão de ser um projeto-piloto. Portanto, trata-se ainda de uma experiência em desenvolvimento. Se bem-sucedido, o projeto será expandido a outros municípios”, explicou.
Em 2017, Ananindeua apresentou uma taxa de homicídio de 68,20 mortes por 100 mil habitantes. Em Goiânia, no mesmo ano, esse índice estava em 33,62, enquanto em Paulista, estava em 47,40 homicídios por 100 mil pessoas. Em São José dos Pinhais, estava em 40,18; Já Cariacica registrou 42,35.
Ações
O ministro também disse que haverá um planejamento de ações conjugadas dos agentes públicos federais (polícias Federal e Rodoviária Federal, além da Força Nacional), estaduais (por meio das polícias civil e militar), e municipais (polícias municipais).
E para reduzir a violência, Moro afirma que “além das ações dos agentes de segurança, serão realizadas ações políticas de outra natureza, no caso, urbanísticas, sociais, de educação e saúde”.
Segundo ele, não há como apresentar metas nem fazer prognósticos sobre os resultados pretendidos pelo governo com o programa. “Essa questão do mundo do crime é algo que não pode ter um prognóstico absoluto. Serão realizadas medidas tendentes a diminuir de forma significativa essa criminalidade. É impossível fazer prognóstico de quanto essa criminalidade será diminuída”.
Perguntado sobre se essas ações visando a diminuição do número de homicídios não poderiam ser prejudicadas pela política de facilitação do acesso às armas, defendida pelo próprio governo, Moro disse que “não é possível fazer uma correlação tão clara entre uma coisa e outra”.
“[Facilitar o acesso a armas] foi uma promessa de campanha do presidente, atendendo compreensão de que havia o desejo de parte da população em ter o acesso facilitado à armas de fogo”, disse o ministro.
*Da redação com informações da Agência Brasil.