Desde 2005, o dia 24 de maio foi incorporado ao calendário brasileiro, como o Dia Nacional do Café. A data foi escolhida por marcar o início da colheita em grande parte das regiões cafeeiras do país.
“Do coração, da África,
A plantação fantástica.
Girou o mundo a seduzir,
A maravilha descoberta por Kaldi
Chegou ao Brasil
Lá da Guiana Francesa
Com Francisco de Mello Palheta
Português desbravador e genial
De lá pra cá “parou no Pará”
Beleza, pureza, paixão, paladar
E hoje em cada lar desse país
um cafezinho deixa o dia mais feliz”
Os dois primeiros versos do samba enredo da Mocidade Unidade da Glória (MUG), de 2007, são um perfeito resumo histórico de como essa maravilha chegou em solo brasileiro.
O Dia Internacional do Café é celebrado no dia 14 de abril. Mas, desde 2005, o dia 24 de maio foi incorporado ao calendário brasileiro, como o Dia Nacional do Café. Data escolhida por marcar o início da colheita em grande parte das regiões cafeeiras do país.
E não há como negar: o café não é apenas o pretinho básico preferido ao despertar, carregado daquela energia que será fundamental durante o dia. Ele faz parte do nosso estilo de vida. Muito embora haja um grupo grande que não abre mão de tomá-lo no melhor estilo roots – quente e sem açúcar -, há quem o consuma gelado e também com variadas combinações: o famoso pingado (com leite), com licor, com chocolate e com cachaça. Isso sem falar em os muitos doces possíveis. Aliás, já experimentou um brigadeiro de café? Sensacional.
Economia
Isso sem falar do enorme peso na balança comercial do país e do Espírito Santo, maior exportador mundial de conilon. Os números que envolvem o café não são nada modestos. De julho de 2015 a julho de 2016, o Brasil produziu 49 milhões de sacas. Seguido de Vietnã, com 29 milhões de sacas, e da Colômbia, com 13 milhões de sacas.
Desse total, exportamos 35 milhões de sacas do produto, para 127 países, gerando uma receita de US$ 5,3 bilhões. Os EUA lideram o ranking de países que mais importam o café brasileiro, com mais de sete milhões de sacas compradas de nossos produtores. Em seguida vem a Alemanha e depois a Itália. E o Japão, vem aumentando o consumo do nosso café: importou mais de um milhão de sacas no último ano.
A expectativa é de que no ciclo que vai de julho de 2016 a junho de 2017 o Brasil produza acima de 53 milhões de sacas.
Espírito Santo*
Os primeiros plantios em terras capixabas foram realizados na metade do século XIX, no sul do estado. Até 1962, o café arábica dominou a economia estadual ocupando mais de 500 mil hectares. Mas ao final da década de 1920, as primeiras sementes de Conilon foram plantadas em Cachoeiro de Itapemirim. E o Instituto Brasileiro do Café (IBC) financiou lavouras de café robusta, apto às regiões onde estava impedido o cultivo do arábica.
As sementes de conilon partiram de Cachoeiro rumo à Escola Agrotécnica Federal de Santa Teresa, depois para São Gabriel da Palha.
Hoje somos o maior produtor e exportador mundial de Conilon, com 75% da produção nacional do Robusta, e a variação de 8,5 a 9,5 milhões de sacas por ano. Isso sem falar que temos vencido concursos internacionais de grãos especiais ao redor do mundo.
Em 0,55% do território nacional o Espírito Santo produz 25% de todo o café brasileiro. Se o Espírito Santo fosse um país, estaria em terceiro lugar no ranking dos maiores produtor mundiais e o 2º maior na produção de conilon/robusta. A cafeicultura está presente em 84.400 propriedades rurais, de quase todos os municípios do Estado, sendo 87% delas com média de 9,37ha. O café emprega mais de 350 mil pessoas.
Então… vamos tomar um cafezinho?