O uso de aplicativo de celular e tornozeleira eletrônica faz parte do Programa Mulher Segura ES do Governo do Estado
Por Wesley Ribeiro
Uma nova tecnologia será usada para combater a violência doméstica e auxiliar na prevenção a feminicídios no Espírito Santo. Uma tornozeleira eletrônica instalada no corpo do agressor vai acionar um aplicativo no celular da vítima e a própria polícia no caso de violação de medida protetiva.
A novidade faz parte do Programa Mulher Segura ES e foi lançada pelo Governo do Estado na última terça-feira, 08 de março, Dia Internacional da Mulher.
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Segundo o governo, a nova tecnologia vem se aliar aos projetos “Patrulha Maria da Penha”, da PMES; “Homem que é Homem”, da PCES; e “App SOS Marias”, da Sesp, formando, assim, uma rede de proteção à vítima, que também poderá contar com assistência social e qualificação profissional.
Na prática, a tornozeleira eletrônica, adquirida pelo Estado, será instalada no corpo do homem que cometeu violência doméstica e é identificado pela Justiça como potencial ameaça à companheira, vai funcionar como localizador do agressor.
A vítima vai receber um smartphone, que identifica se o potencial feminicida se aproxima, dentro de uma zona de distância determinada pela Justiça na medida protetiva.
Caso o agressor rompa o perímetro de segurança, os protocolos são acionados automaticamente.
A tornozeleira eletrônica, primeiramente, emite alertas, informando que ele está ingressando em área proibida.
190
Caso não haja recuo por parte do homem, o 190 é acionado pela sala de monitoramento.
O telefone também emite alertas sonoros e mostra a localização do monitorado, permitindo que a vítima se abrigue em zona segura, até a chegada da Polícia Militar.
O secretário de Estado da Segurança Pública e Defesa Social, coronel Alexandre Ramalho, destacou que o Espírito Santo ainda possui uma cultura de machismo que deveria ser extinta.
Feminicídio
Mas enquanto se busca essa conscientização, o poder público tem o dever de apresentar alternativas para proteção e prevenção de um crime tão bárbaro, que é o feminicídio.
“Temos esse triste histórico e o governador Renato Casagrande, também com grande apoio da vice-governadora Jacqueline Moraes, sempre nos fizeram ir atrás de novas alternativas de proteção às mulheres vítimas de violência doméstica no Espírito Santo. Com esse conjunto de ações e o monitoramento por tornozeleira, esperamos conseguir melhorar essa situação revoltante”, afirmou Ramalho.
De acordo com o governo, a metodologia adotada garante celeridade na tomada de providências, assegurando uma maior proteção à vida e a integridade física de mulheres que se encontram e