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sábado, 27 abril, 2024

Deputados analisam prestação de contas da Sefaz

Secretário da Fazenda realizou prestação contas do terceiro quadrimestre de 2023 para Colegiado de Finanças da Ales

Por Robson Maia

Na tarde da última segunda-feira, o secretário de Estado da Fazenda, Benício Suzana Costa, realizou a prestação de contas do Executivo estadual em relação ao terceiro quadrimestre de 2023 na Assembleia Legislativa (Ales). Os deputados presentes, que compõem a Comissão de Finanças da Casa apreciaram os resultados obtidos pela gestão e o desempenho do Estado do ponto de vista financeiro.

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Segundo a Sefaz, o Espírito Santo tem, atualmente, uma dívida em relação à receita  negativa de – 6,64%. Pela Constituição, um Estado brasileiro pode fechar seu ano com a Dívida Consolidada Líquida (DCL) até o limite de 200% da Receita Corrente Líquida (RLC) apurada naquele mesmo exercício. 

Ainda de acordo com os números apresentados pela pasta, o Espírito Santo terminou o ano com dinheiro em caixa e com aumento nos investimentos, alcançando o maior nível da história. O salto pode ser observado em relação ao início do retorno de Casagrande (PSB) ao Executivo, em 2019. Na ocasião, os investimentos foram de R$ 1,073 bi, enquanto em 2023 alcançaram R$ 4,219 bilhões, em 2023.

“O Estado está fazendo seus investimentos com recursos próprios, sem fazer dívida, isso aqui é um legado importantíssimo”, frisou Costa.

Os parlamentares que compõem o colegiado de finanças da Casa ponderaram sobre os números apresentados na sessão. Opositor ao atual governo, Callegari (PL) elogiou o desempenho do Executivo no quesito financeiro, apesar de pontuar ressalvas.

“Na parte de finanças está de parabéns, em números não tem outro estado com essa situação”, destacou o deputado do PL.

Callegari, no entanto, cobrou novos investimentos, que, “embora um crescimento apreciável, mas isso ainda não está refletindo em grandes melhorias para a sociedade”. O deputado chamou atenção para a qualidade do asfaltamento em alguns municípios do interior e o avanço da entrega de água tratada pela Cesan. “Meus parabéns à capacidade de economizar, mas essa economia está sendo feita a custo de algo”, reafirmou.

O nível de investimento na casa dos R$ 4 bilhões também foi destaque de falas dos deputados João Coser (PT), Coronel Weliton, Tyago Hoffmann (PSB) e Mazinho dos Anjos (PSDB). Para o petista, o nível de investimento representa “muita coisa” para um estado do nosso tamanho, mas para além da infraestrutura, precisa-se de maior investimento social. 

O deputado Coronel Weliton ainda defendeu que a capacidade de conta e investimento passe pela valorização dos servidores estaduais. O parlamentar questionou o secretário sobre a capacidade de pagamento de precatórios. A resposta do chefe da Fazenda foi a de que atualmente, havendo uma decisão pela obrigação de pagamento, não seria situação complicada para a máquina com dinheiro em caixa e com a fila de precatórios zerada.

Para o presidente do colegiado, deputado Tyago Hoffmann (PSB), “os números falam por si”. Hoffmann fez um recorte de 20 anos e lembrou que o nível de investimento circulava entre R$ 1 e 1,5 bilhão. 

“Hoje é um investimento de R$ 4 bi e a máquina não consegue produzir mais que isso. Óbvio que ainda temos um déficit de investimento não só no ES, como no Brasil. O governador Renato Casagrande fala que nós no Brasil ainda estamos na agenda velha, não conseguimos ainda superar a agenda da infraestrutura”, frisou Hoffmann.

 

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