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terça-feira, 7 maio, 2024

Municípios do ES foram incluídos na área de impacto da tragédia de Mariana

Rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, resultou no despejo de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos

Por Kebim Tamanini

O Tribunal Regional Federal da 6ª Região (TRF-6) emitiu uma decisão, ampliando a lista de municípios capixabas afetados pelo rompimento da barragem de Fundão, em Mariana (MG), em 2015. Cinco municípios capixabas foram incluídos como áreas impactadas, após a determinação.

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As cidades de São Mateus (Urussuquara, Campo Grande, Barra Nova Sul, Barra Nova Norte, Nativo, Fazenda Ponta, São Miguel, Gameleira e Ferrugem); Linhares (Pontal do Ipiranga, Barra Seca, Regência, Povoação e Degredo); Aracruz (Portal de Santa Cruz, Vila do Riacho, Rio Preto, Barra do Sahy e Barra do Riacho); Serra (Nova Almeida); e Conceição da Barra agora são reconhecidas como áreas afetadas pelos rejeitos de minério.

A decisão da Justiça Federal também impôs uma condenação histórica à mineradora Samarco e suas acionistas Vale e BHP, que deverão pagar R$ 47,6 bilhões para reparar os danos morais coletivos.

A promotora de Justiça do Ministério Público Estadual, Elaine Costa de Lima, destacou que, apesar da evidente gravidade dos impactos, a região costeira e marinha do Espírito Santo carecia de reconhecimento e ações efetivas de reparação.

“Após quase nove anos do desastre, a população atingida finalmente tem a expectativa de ver progressos na reparação dos danos que alteraram drasticamente o modo de vida de todos na região”, afirmou a representante do Ministério Público Estadual.

Rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, resultou no despejo de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos
A Justiça Federal determinou que as mineradoras Vale e BHP Billiton façam depósitos no total de R$ 10,34 bilhões para garantir a reparação de danos ambientais em municípios capixabas. Foto: Corpo de Bombeiros-MG

Entenda o caso

O rompimento da barragem de Fundão, em novembro de 2015, resultou no despejo de 62 milhões de metros cúbicos de rejeitos tóxicos no distrito de Bento Rodrigues, em Mariana (MG). A lama percorreu mais de 600 quilômetros pelo Rio Doce, destruindo vilas e comunidades até atingir a foz do rio, na região de Regência, em Linhares, no Espírito Santo.

Após o trágico rompimento da barragem, foi criada a Fundação Renova, encarregada de coordenar as ações de reparação e compensação dos danos causados pelo desastre. De acordo com dados divulgados pela Justiça, até 31 de março de 2024, um montante de R$ 35,8 bilhões foi direcionado para essas iniciativas.

Dentro desse total, R$ 14,2 bilhões foram destinados ao pagamento de indenizações às vítimas, enquanto outros R$ 2,8 bilhões foram direcionados para auxílios financeiros emergenciais, fornecendo suporte imediato às comunidades afetadas. Isso resultou em um total de R$ 17 bilhões distribuídos em 442,7 mil acordos, que visa mitigar os prejuízos sofridos pelas pessoas atingidas pelo desastre.

Além disso, uma parte significativa dos recursos, totalizando R$ 1,6 bilhão, foi destinada aos municípios mineiros e capixabas impactados pelo rompimento da barragem. Esses fundos foram direcionados para investimentos públicos em áreas essenciais, como educação, saúde e obras de saneamento e infraestrutura, visando reconstruir e fortalecer as comunidades afetadas pelo desastre ambiental.

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