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quinta-feira, 25 abril, 2024

Sesa: “No interior, ainda não temos a estabilidade que temos na GV”

Por meio de coletiva de imprensa, o secretário e subsecretário informaram que há um crescimento de uma a cada 10 pessoas transmitindo a doença

Um novo mapa de risco elaborado e implementado no Estado no último sábado (18). Por conta disso, o secretário de Estado da Saúde, Nésio Fernandes, e o subsecretário de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, informaram hoje (20), por meio de coletiva de imprensa, algumas medidas que o Estado está adotando no enfrentamento à Covid-19.

“Estamos em processo de estabilização, mas ainda estamos no meio do caminho dessa curva. Neste fim de semana, muitos municípios que estavam em risco alto migraram para risco moderado e muitos que estavam em risco moderado desceram para risco baixo.”, disse Nésio.

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Além disso, o Espírito Santo foi reconhecido por adotar as melhores práticas de gestão no enfrentamento à Covid-19. “Acertamos em colocar a ciência, a técnica, o bom senso, a precaução e a prudência na frente de nossa estratégia”, disse ele.

O secretário informou que muito antes dos efeitos da pandemia atingirem o Estado foram publicados planos de contingência do vírus. “Até aqui estamos vencendo e resistindo. Porém o que trouxemos até aqui precisa ser reservado. Preservar todas as conquistas, o isolamento social, a unidade de adesão ao combate da doença”, afirmou.

Já o subsecretário Reblin ressaltou que “as atividades como comércio, parques, entre outras, foram autorizadas a funcionar, mas não significa que deverá ter aglomerações, pois há risco de retornar o aumento de casos e óbitos”.

Veja os temas abordados durante a coletiva de imprensa:

Inquérito Sorológico

Durante a coletiva, Nésio Fernandes informou, ainda, que a nova etapa do inquérito sorológico – estudo que avalia a transmissão do vírus entre a população capixaba – será realizada na próxima segunda-feira (27). “Esta etapa seria realizada nesta quarta-feira, mas será realizada na próxima semana. Ela permitirá que tenhamos a prevalência estatística em todos os municípios, nas macrorregiões e nas grandes cidades do Espírito Santo”, destacou o secretário.

Municípios do interior

Nos municípios do interior, ainda há um aumento de casos, segundo o subsecretário Reblin. “No interior, a taxa de infecção é acima de 1. Há um crescimento bem maior de uma pessoa transmitindo para outra e isso é determinante para o aumento de casos. Ainda não temos o sinal de estabilidade que temos aqui na Grande Vitória”, disse ele.

Reinfecção

Alguns casos de reinfecção pelo novo coronavírus estão sendo investigados no Estado. De acordo com Luiz Carlos Reblin, estes pacientes ainda estão sendo avaliados, pois tiveram resultados positivos dos exames PCR, 30 dias depois de terem realizado o mesmo exame.

“Estamos ainda avaliando para saber se a reinfecção aconteceu diante de uma questão operacional, durante a coleta do exame, por exemplo, ou se foi algo residual da primeira infeção. Mas, sim, estamos investigando essas pessoas com a doença”, pontuou.

Aulas presenciais

Sobre o retorno das aulas presenciais, o subsecretário informou que ainda está em processo o desenvolvimento de um protocolo de saúde. “Estamos trabalhando em conjunto com a Secretaria Estadual de Educação na formatação de um protocolo que nos dê segurança quanto ao retorno das aulas. Entre as normas estão o distanciamento dos alunos, o uso do álcool em gel, materiais a serem adquiridos, entre outras questões. O retorno só será decidido quando tivemos segurança absoluta por parte da saúde, pois não colocaremos em risco a vida dos nossos estudantes e profissionais da educação. Para agosto, ainda não há previsão de volta”, afirmou Reblin.

Futebol

Nesta segunda também foi publicada no Diário Oficial do Estado uma nota técnica que autoriza o retorno dos jogos da série D do Campeonato Brasileiro, no Estado. “Temos dois times disputando campeonatos no Espírito Santo e somente para este momento específico houve esta autorização. Vai seguir uma regra já definida pela Confederação Nacional de Futebol e não haverá público presencial. Não há condição neste momento”, observa Reblin.

Cloroquina

De acordo com Nésio Fernandes, por recomendação da Sociedade Brasileira de Infectologia foi solicitado o abandono do uso da cloroquina no tratamento da Covid-19. “Ainda não há evidências sobre a eficiência do medicamento no tratamento da doença, e agora compete a cada gestor municipal, com sua autoridade sanitária, a levar em consideração todas as opiniões já publicadas e de maneira que consigam definir a estratégia mais acertada no enfrentamento do novo coronavírus.”, frisou Nésio.

Leitos

Há três dias, o Estado está com 73% da taxa de ocupação de leitos, segundo o secretário. “Ainda é necessário acompanhar a evolução dos casos até o fim da semana, então poderemos ter uma avaliação precisa”, disse Nésio Fernandes. Ele complementou, ainda, sobre a destinação dos leitos comprados para o tratamento da doença no Estado. “É possível que no mês de agosto os leitos que eram destinados à Covid-19 sejam transferidos para pacientes que tenham outras doenças. Não estamos mais comprando leitos em hospitais privados e vamos seguir acompanhando a evolução desta pandemia. Mas se houver uma segunda onda de infecção estaremos preparados para enfrenta-la”, finalizou ele.

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