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sexta-feira, 26 abril, 2024

Privatização dos Correios ganha repercussão no Congresso Nacional

Senadores se dividem entre os que apontam a lucratividade e a importância da estatal e os que defendem o “fim do monopólio público”

Agência Senado

Já está no Congresso Nacional projeto de lei (PL 591/2021) que abre caminho para a privatização da empresa estatal Correios. A análise do texto começa na Câmara dos Deputados, mas já repercutiu no Senado.

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Parlamentares do PT, como Paulo Paim (RS) e Humberto Costa (PE), criticaram a proposta. Já Plínio Valério (PSDB-AM) disse que o fim do monopólio público nos serviços postais é desejável para o país.

“O balanço preliminar de janeiro a setembro de 2020 indicou o melhor faturamento desde 2012. Fechou o ano passado com lucro de R$ 1 bilhão”, apontou Paulo Paim.

Costa destacou a credibilidade da empresa estatal. “Entendo que o é importante o serviço de correios ser controlado pelo setor público. A empresa tem alta credibilidade junto à população, e apresenta lucratividade. Não vejo sentido em ser privatizada”, declarou o senador.

Já para Plínio Valério, privatizações são necessárias e uma delas é a dos Correios. “Eu concordo com essa mensagem que o presidente [Bolsonaro] mandou para cá, acenando para a possibilidade de privatizar. Os Correios vêm “cambaleando” há muito tempo, desde a época do mensalão, nos outros governos”, defendeu.

Para Alessandro Vieira (Cidadania-SE), o assunto deve ser visto com todo cuidado. Ele entende que o projeto parece mais uma sinalização do governo de que prevalece a orientação liberal na economia do que propriamente desejo de fazer a privatização agora.

“É preciso garantir que as empresas que são patrimônio de todos os brasileiros tenham avaliação e preço corretos. e que deduza de uma forma clara se é estratégico fazer esse tipo de movimentação no momento. Esse empresa tem histórico belíssimo, passou por problemas de gestão muito sérios e precisa ser muito bem avaliada. Essa medida parece apenas uma sinalização para o mercado, após a intervenção feita na Petrobras, e não uma medida que tenha efeitos concretos”, apontou Vieira.

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