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sábado, 27 abril, 2024

Pazolini presta contas em sessão tumultuada na CMV

Sessão de prestação de contas ficou marcada por conflitos de prefeito com vereadores da oposição

Por Redação

Em sessão tumultuada na Câmara Municipal (CMV), o prefeito Lorenzo Pazolini (Republicanos), prestou contas das ações do mandato no primeiro semestre. O gestor teceu críticas aos vereadores Vinícius Simões (Cidadania), Karla Coser (PT) e André Moreira (Psol) e foi alvo de críticas entre os presentes no plenário.

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Pazolini foi alvo de protestos entre os diversos grupos presentes no plenário. No entanto, grupos de apoio também se fizeram presente na sessão, criando um ambiente de estádio de futebol na Câmara de Vitória. Durante as falas dos vereadores e do próprio prefeito, o presidente do Legislativo municipal, Leandro Piquet, da mesma legenda que o chefe do Executivo, chegou a solicitar silêncio por parte dos presentes e respeito ao direito de fala dos parlamentares.

A tensão se alastrou com as falas de Pazolini. O prefeito em exercício frisou que encontrou as contas do município “esfaceladas”, em crítica a gestão anterior, de Luciano Rezende (Cidadania). Em determinado momento, Pazolini afirmou que a “fúria” de alguns vereadores se dava por “terem perdido a boquinha”, em função da extinção de cargos comissionados, por exemplo.

O prefeito listou os trabalhos realizados durante a sua gestão, sobretudo nos primeiros meses do ano, além de garantir algumas ações para a sequência do mandato: a construção de uma unidade de saúde no Forte São João, a ampliação de 507 mil vagas de atendimentos especializados, além do reajuste para os servidores públicos municipais.

“Nosso principal desafio sempre foi desenvolver a capacidade de investimento da Cidade de Vitória com recursos próprios. Na época em que eu assumi era de apenas R$ 6,5 milhões de reais. E o valor não estava nos cofres municipais”, relembrou o prefeito. Ele citou também uma medida amarga que adotou para precaver-se da reforma tributária que se avizinhava e levou o Município a adotar amargas medidas legislativas necessárias para evitar que a previdência de Capital não ficasse na UTI, como está acontecendo agora em várias cidades. “Agimos para que nossos aposentados não ficassem sem receber, como está acontecendo em outros municípios”, disse ele. “A nova reforma tributária vai tirar mais ainda do orçamento de Vitória e agradeço aos vereadores que compreenderam a situação”,disse Pazolini.

Após as considerações do prefeito, a oposição à gestão realizou diversas considerações e classificou a postura de Pazolini como “agressiva”. A vereadora Karla Coser, durante fala no plenário (e em vídeo publicado nas redes sociais), subiu o tom das críticas tecidas ao prefeito

“A prestação de contas do prefeito Pazolini hoje na CMV foi uma verdadeira falta de respeito com a cidade e com os moradores de Vitória. Sobrou arrogância e faltaram respostas. Mais uma vez nos foi apresentado uma cidade perfeita mas não é isso que nós temos visto e ouvido em nossas caminhadas pelos bairros. Pazolini decepcionou seus eleitores! O prefeito sabe tanto disso que mobilizou a claque para bater palmas durante sua fala. Mas gritos de elogios e bajulação pessoal não vão melhorar a cidade”, escreveu a petista.

Em sequência, Karla enumerou os questionamentos realizados ao mandatário da capital, que não foram respondidos na sessão.

“Na oportunidade questionei sobre a previsão de reajuste do quadro geral de salário dos servidores, sobre o pagamento do piso da enfermagem, sobre a fiscalização do Vix+Cidadania – usuários tem sofrido com cobranças de taxas exorbitantes -. Perguntei também se o prefeito vai corrigir a pior reforma da previdência do país e o que falta para o município de Vitória reconhecer o valor do trabalho das associações de catadores e outros questionamentos que vocês nos demandam”, complementou Karla.

Confira os pontos citados pelo prefeito:

Plano Vitória – O prefeito destacou que já cumpriu a promessa do Plano Vitória de investir R$ 1 bi em quatro anos e que, neste curto período de sua Administração, esta meta já foi superada.

“Saímos de R$ 8 mi para R$ 1,3 bi dialogando com a população e seus representantes e construindo uma cidade diferente”, ressaltou Pazolini, que passou a demonstrar como estes recursos estão sendo investidos.

Educação – Segundo o prefeito, entre 2021 e 2022 foram investidos mais de R$ 100 mi na infraestrutura das unidades escolares de Vitória, cuja Rede Municipal conta com 45 mil alunos.

Durante o período pandêmico, a PMV dedicou-se a construções e reformas nas escolas para prepará-las para o retorno das atividades após a fase de isolamento gerada pela covid-19. Como exemplo, Pazolini destacou o investimento, com recursos próprios, da Emef Paulo Freire, no valor de R$ 6,8 mi.

“Esta Emef estava em obras há 20 anos e nós, com menos de dois anos de gestão, a inauguramos e ela funciona em tempo integral”, afirmou. Outro ítem que mereceu destaque na Pasta da Educação foi a contratação de 500 professores efetivos concursados.

Saúde – O prefeito informou também que Vitória foi a cidade brasileira que mais vacinou em menos tempo, tornando-se referência para o Brasil.

“Vacinamos 24h por dia em todos os locais possíveis”, relembrou, destacando que a Capital capixaba é única do País que tem seis Unidades de Saúde, além dos dois PA’s, funcionando todos os dias, de 7h às 19h.

Segurança pública – Nesta pasta, o prefeito Pazolini relatou uma queda de 73% nos furtos e roubos de veículos na Capital com investimento em tecnologia, valorização da Guarda Municipal e com a substituição de toda a frota de veículos.

“Os agente municipais de Vitória foram os primeiros do Brasil a atuar em conjunto com a Polícia Federal”, ressaltou o prefeito, juntamente com vários outros feitos bem sucedidos.

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