Segundo o senador capixaba, não são armas que matam pessoas. São Pessoas que matam pessoas.
O senador capixaba Marcos Do Val (Podemos) pediu mais prazo para analisar o projeto que cancela quatro decretos do presidente Jair Bolsonaro que ampliam o acesso a armas e munições. O parlamentar, que é relator do projeto, quer mais tempo para elaborar seu relatório. Os decretos entram em vigor na próxima semana e a votação no Senado agora não tem prazo para voltar ao plenário.
Do Val justificou a decisão e afirmou que são 20 anos trabalhando à frente da segurança pública não só do Brasil, mas dos Estados Unidos e em vários países europeus. “Como senador, eu tenho as minhas responsabilidades e sei das consequências, dos atos e das responsabilidades de um projeto, que não deve seguir o populismo. Não são armas que matam pessoas, são pessoas que matam pessoas”, disse.
- Contarato pede suspensão de decretos que flexibilizam uso de armas
- Decreto amplia porte de armas para deputados e jornalista
Entre as principais mudanças trazidas por esses decretos estão o aumento do número máximo de armas que cada usuário pode ter e da quantidade máxima de munição que pode ser comprada por ano.
A senadora Rose de Freitas (MDB) destacou que as mortes provocadas por armas de fogo cresceram 80% nos últimos dez anos. Para ela, o que deve mover os senadores neste momento é o salvamento de vidas.
“Só em 2019, 43.062 assassinatos foram registrados no Brasil. Cerca de 30 mil foram causados por arma de fogo. Armar a população não é a saída, não vai resolver o problema do aumento da criminalidade e tampouco da violência”, reforçou.