Farol de Santa Luzia, Morro do Moreno e Casa da Memória garantem momentos especiais
Lá do alto, paisagens exuberantes para apreciar e aventura para adrenalizar! Aqui embaixo, muita história para observar. Cercada por muitas belezas naturais, Vila Velha abriga locais que proporcionam aos visitantes experiências e registros incomparáveis. Passeios rápidos, mas que não sairão da sua memória.
Neste sábado (23), o município completa 485 anos e tem muita história para contar. A escocesa mais canela-verde que existe mora no final da Praia da Costa. Do alto de seus 17 metros e com uma luz que atinge 35 milhas marítimas, o que representa quase 65 metros, a torre octogonal do Farol de Santa Luzia é um sucesso de público. Em um ano, mais de 100 mil visitantes.
E o Morro do Moreno, além de suas trilhas, agora tem a tirolesa, inaugurada no mês de dezembro, que já se tornou opção imperdível aos aventureiros. Já a Casa da Memória, localizada na Prainha, abriga pedaços marcantes de tudo que a Vila viveu desde que foi “descoberta”. Que tal conhecer um pouco da história de cada um?
Farol de Santa Luzia
Um importante monumento que indicava ao navegante a entrada do canal de acesso ao Porto de Vitória. Esse é o Farol de Santa Luzia, localizado no final da Praia da Costa. Inaugurado em 1871, foi encomendado por João Maurício Wanderley, o Barão de Cotegipe, que na ocasião era responsável pela Marinha e pela pasta de Estrangeiros no reinado de D. Pedro II.
Construída na cidade de Glasgow, na Escócia, em 1870, a estrutura octogonal da torre foi confeccionada em ferro, com a base alargada. Também possui lanterna e galeria, num total de 17 metros.
Em 1913, o terreno acabou sendo doado pelo doutor Hermano Santana e sua esposa à União. Em 1985, ocorreu sua entrega à Marinha do Brasil, atual responsável pela área. Em 1986, o Farol foi tombado por meio de uma solicitação feita à atual Secretaria de Estado da Cultura (Secult).
Atualmente, o local abriga uma vila residencial militar com três casas, sendo uma delas a do faroleiro, encarregado pela manutenção do monumento. Lugar perfeito para apreciar a vista do mar, o movimento dos navios e os barcos pesqueiros.
Tirolesa
Uma experiência sem igual, localizada a 173 metros acima do nível do mar, que garante paisagens encantadoras e muita adrenalina.
A saída é feita da “Barriga da Macaca” e vai até a Pedra da Testa, parte mais baixa do morro. Um cabo de aço com freio automático garante a segurança da descida, que tem duas etapas: a primeira, com 100 metros, é a mais lenta, o que permite várias selfies. Já a segunda é mais rápida e pode atingir 35 km/h. Melhor segurar bem o celular!
O percurso é de 500 metros, e o tempo varia de 40 segundos a um minuto, dependendo do peso da pessoa. Crianças a partir de 5 anos de idade já podem experimentar essa emoção.
Vale destacar que a cadeira suporta até 2.200 kg e o cabo de aço, até 30 toneladas. Pronto para essa aventura?
Casa da Memória
Deseja conhecer um pouco mais sobre a história do Espírito Santo? Então não deixe de visitar a Casa da Memória, no sítio histórico da Prainha. Construído por volta de 1893 e tombado pelo Conselho Estadual de Cultura, o espaço possui um acervo permanente de fotos de Vila Velha, além de importantes artefatos, como o Bonde 42, implantado na cidade em 12 de abril de 1912.
Com 12 metros de comprimento, o bonde elétrico alcançava a velocidade de 30 km/h. Comportava 50 pessoas sentadas, 36 em pé na lateral e cerca de 20 delas no centro. Antigamente, um saía do Centro e outro de Paul, e o cruzamento dos dois era na Estação de Aribiri.
As estátuas do capitão donatário do Espírito Santo, Vasco Fernandes Coutinho, e de sua esposa, Luiza Grimaldi, também estão por lá. Esculpidas com pó de minério, calcita e resina pelo premiado capixaba Hippólito Alves, são resultado de uma imitação bem próxima ao bronze. Ambas medem aproximadamente dois metros de altura.
Uma réplica em nautimodelismo de 1,5 metro da Caravela Glória, desenvolvida pelo artesão Humberto Cypriano, de Recife, em Pernambuco, e um canhão quinhentista, peça de artilharia usada pelos portugueses a partir do século XV, também podem ser vistos no museu. Vale conhecer!