A solidão e o estresse são problemas complexos, que exigem soluções. Ao trabalhar em conjunto, podemos construir um futuro mais saudável e feliz para todos
Por Letícia Deps
O Brasil enfrenta uma crise silenciosa: a solidão. Um estudo do Instituto Ipsos revela que metade dos brasileiros se sentem sozinhos, um índice alarmante que coloca o país no topo do ranking mundial. Essa sensação de isolamento, aliada a outros fatores como a falta de controle sobre a vida pessoal e o alto nível de estresse, está impactando significativamente a saúde mental da população.
Uma pesquisa da Oracle, por sua vez, aponta que 84% dos trabalhadores brasileiros se sentem “presos” em suas vidas pessoais e 47% estão ansiosos sobre o futuro. Essa sensação de aprisionamento e a constante preocupação com o amanhã contribuem para o aumento da solidão e do estresse. A International Stress Management Association (ISMA-BR) corrobora esse cenário, revelando que cerca de 70% da população ativa brasileira sofre com o estresse, seja de forma aguda ou crônica.
A combinação desses fatores – solidão, falta de controle e estresse – cria um coquetel explosivo para a saúde mental dos brasileiros. A pressão por resultados, a busca incessante por produtividade e a dificuldade em conciliar vida pessoal e profissional são alguns dos elementos que contribuem para esse quadro. As consequências desse cenário vão além do sofrimento individual, impactando também a produtividade no trabalho, os relacionamentos interpessoais e a qualidade de vida em geral.
É urgente que adotemos medidas para reverter esse quadro. A promoção de políticas públicas que incentivem a saúde mental, a criação de ambientes de trabalho mais saudáveis e o fortalecimento dos laços sociais são algumas das ações necessárias. Além disso, é fundamental que cada um de nós busque estratégias para lidar com o estresse e cultivar relacionamentos mais significativos.
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O papel da pesquisa científica e da inovação na construção da sustentabilidade - A sustentabilidade não é uma meta alcançável por esforços isolados; ela exige uma abordagem integrada e multidisciplinar, que combine diferentes conhecimentos e perspectivas A solidão e o estresse são problemas complexos que exigem soluções multifacetadas. Ao reconhecer a gravidade da situação e trabalhar em conjunto para encontrar soluções, podemos construir um futuro mais saudável e feliz para todos.
Letícia Deps é Neuroarquiteta – membro da Academia Norte Americana de Neurocîência aplicada a Arquitetura- ANFA nos capítulos San Diego-EUA e Brasil
