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domingo, 5 maio, 2024

Vitória volta a ser a maior economia do Espírito Santo

Vitória se torna a maior economia do Espírito Santo após ultrapassar Serra, também ocupa a 16º colocação no ranking entre as capitais 

Por Amanda Amaral

Vitória é novamente a maior economia do Espírito Santo. Influenciado pelo preço do minério de ferro, o resultado ultrapassou o desempenho da Serra. A cidade também está em 16º lugar entre as capitais brasileiras com relação a participação no Produto Interno Bruto (PIB) do Brasil e em 39º entre os municípios do país. Presidente Kennedy se mantém com a maior renda per capita no Estado, mas cai para 8º lugar no Brasil.

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As informações foram divulgadas nesta sexta-feira (16) pelo Instituto Jones dos Santos Neves (IJSN) durante a apresentação em formato on-line do PIB dos Munícipios do Espírito Santo 2020. A publicação traz os dados oficiais daquele ano, calculados em parceria com o Instituto Brasileiro de Geografia e Estatística (IBGE).

Serra e Vitória

“O resultado de Vitória foi influenciado fortemente pelo desempenho da atividade de produção de pelotas de minério de ferro pela Vale, beneficiada pela alta nos preços do produto. No caso da Serra, o desempenho da metalurgia é que foi afetado”, explicou o coordenador de Estudos Econômicos do Instituto Jones, Antonio Ricardo da Rocha.

Na publicação referente à 2019, pela primeira vez durante a série histórica do PIB Bruto, a Serra assumiu a posição de maior economia municipal do Espírito Santo, ocupando o lugar de Vitória. Com a nova divulgação, Serra retornou ao segundo lugar e caiu da 33ª para 40ª posição no Brasil.

Per capita

Em termos per capita, o município de Presidente Kennedy continua liderando o ranking estadual com o valor de R$ 301.475. Isso representa quase nove vezes mais que o valor do PIB per capita do Estado, que é de R$ 34.066. Na classificação nacional, o município caiu para a 8º posição, perdendo a liderança que durava desde 2018 para Canaã dos Carajás, no Pará.

Maiores variações

Dos 78 municípios do Espírito Santo, 64 registraram expansão, enquanto 14 deles mostraram retração, repercutindo mais intensamente os impactos da pandemia. As maiores variações positivas foram encontradas nos municípios de Irupi (+49,5%), Brejetuba (+40,9%) e Ibitirama (+39,5%), reflexo dos ganhos nas culturas de café arábica devido à bienalidade positiva.

Já as maiores perdas foram registradas em São Domingos do Norte (-44,8%), na fabricação de produtos de minerais não-metálicos; e Presidente Kennedy (-34,7%), Itapemirim (-32,9%) e Marataízes (-31,5%), devido ao resultado da Indústria Extrativa Mineral, prejudicada pela retração nos preços e na produção de petróleo e gás natural.

PIB Estadual

Devido aos efeitos provocados pela pandemia de COVID-19 na economia, o PIB capixaba registrou fraco desempenho, passando de R$ 137,4 bilhões em 2019 para R$138,5 bilhões em 2020. Apesar do crescimento nominal, em termos de produção física agregada, a variação foi de -4,4% na comparação com o ano anterior.

Pela ótica da produção, o setor que mais influenciou o resultado nominal da economia do Estado em 2020, foi a Agropecuária, com crescimento de +25,8% e, de forma menos intensa, a Indústria (+3,2%). Em Serviços, a variação foi negativa (-2,5%).

Microrregiões

O estudo revela ainda que oito das dez microrregiões capixabas registraram expansão no valor do PIB em 2020. A Região Metropolitana computou o maior crescimento por influência dos municípios de Viana e Vitória, seguida da Central Sul que foi impactada principalmente por Castelo. Já as microrregiões Litoral Sul, afetada pelos municípios produtores de petróleo e gás, e a Rio Doce, por Aracruz e João Neiva, apresentaram redução.

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Pablo Lira, diretor de Integração do IJSN, comenta sobre os três estudos que analisam o PIB do Espírito Santo. Foto: Divulgação/IJSN

Análise do PIB

“Na coordenação de Estudos Econômicos do Instituto Jones temos três estudos que analisam o PIB do Espírito Santo. O PIB Estadual e o PIB dos municípios capixabas, com dados oficiais calculados em parceria com o IBGE, que possuem defasagem de dois anos. Temos ainda o PIB Trimestral, com metodologia desenvolvida por nossos pesquisadores, com dados mais atualizados, buscando diminuir essa defasagem temporal”, detalhou o diretor de Integração do Instituto Jones, Pablo Lira.

O Instituto Jones atualizou ainda o Painel PIB Municipal, que é interativo e contém os dados do PIB dos municípios capixabas. Lá é possível personalizar filtros de buscas e obter informações por município, microrregião e séries históricas entre os anos de 2002 e 2020. Confira o PIB dos Municípios do Espírito Santo 2020 clicando aqui.

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