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sábado, 27 abril, 2024

Solta o Dino no STF!

Por José Ernesto Conti 

Sabemos que a indicação do Dino para o STF tem causado uma consternação geral no país, mais pelo fato dele ser um comunista de que pelo fato dele ser, por exemplo, um corrupto ou um juiz iníquo ou um governador que deixou seu estado com o menor índice de desenvolvimento do Brasil.

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A direita está inconsolada. Os grupos de what`App estão lotados de memes e notícias sobre o Dino. A própria imprensa militante está preocupada. Até o pessoal do PT se questiona se não há nos quadros do partido alguém tipo Fachin, Levandosvisk, Zanin ou mesmo um Barroso para ocupar essa vaga. O que se fala é que o Lula desta vez extrapolou, ou como dizia Nelson Rodrigues, temeu as ameaças do sobrenatural de Almeida e “escolheu” o Dino.

Confesso que não estou preocupado, por dois motivos:

1) O comunismo não deu certo em nenhum lugar do mundo. É a ideologia mais frustrante que existe. Sabemos que enquanto os comunistas estão no poder, eles conseguem destruir quase tudo, mas também sabemos que um país, diferente de uma empresa, não tem como falir, fechar e despedir seu povo.

Mas quando o país não é lá essas coisas de riqueza, para alimentar o “monstro” do comunismo, uma hora acaba a fartura e as “fontes” vão secando e, como diz o ditado popular: Farinha pouca, meu pirão primeiro! Logo, as discórdias começam, até porque para ser comunista, como diz Lenin, uma das qualidades essenciais é não ter ética ou princípios. Para sorte do mundo, quem destrói o comunismo é o próprio comunista. Resumo: todo regime comunista tem prazo de validade. Se tivermos um pouco de paciência, o Brasil se verá livre dessa praga, desculpe, dessa ideologia, em pouco tempo. A história prova o que estou dizendo.

2) Minha mãe já dizia que quem nunca comeu melado, quando come se lambuza. Dino no STF será a bomba que precisamos para detonar toda a esquerda.

Há uma lenda que diz que para um país crescer e tornar-se desenvolvido, tem que passar por uma guerra. De fato, boa parte dos países desenvolvidos passaram, não por uma, mas várias guerras e hoje são respeitadas nações desenvolvidas. A Alemanha confirma essa lenda.

Gostaria de acrescentar uma segunda maneira, provada pela história: um país cresce quando se livra do comunismo. O leste europeu também confirma essa lenda.

Como a possibilidade de termos uma guerra no Brasil é extremamente baixa, só nos sobra a opção de se livrar do comunismo para de fato nos tornarmos um país desenvolvido. O problema é que até agora, esse tal de comunismo ainda não conseguiu se instalar no Brasil. Como se livrar de algo que não existe. Daí, o primeiro passo para meu “sonho” (ou seria pesadelo) se tornar realidade é ver o Dino no STF, e nossa corte estará mais para casinha da luz vermelha do que para uma casa de família.

Como o Brasil é muito grande e muito rico, talvez nossa experiência com o comunismo demore umas 3 ou 4 décadas para que nós brasileiros, partamos para uma limpeza geral e partirmos finalmente para o nosso ramp-up social. Mais sorte terão a Venezuela ou a Argentina, que já estão em fase de mudança de penas. Mas uma coisa é certa, quando um país comunista está perto da sua morte, eles sempre procuram um país capitalista na esperança de que serão ajudados e auxiliados por almas boníssimas para que a desgraça seja amenizada. Doce ilusão! Os comunistas perto desses capitalistas são “fiotes”.

Se o comunismo é o regime da desgraça, o capitalismo é o regime dos desalmados. Os capitalistas não se importam se você vive ou sobrevive, o que importa para eles é o quanto eles estão arrancando de você. O comunismo também não se importa se você vive ou sobrevive, desde que você obedeça ao que eles disserem para você ser. No comunismo se você é um miserável, mas se o estado diz que você é um médico, você tem que se sentir um médico e acabou, mesmo que não tenha um pedaço de pão velho para comer em casa.

O capitalista, não está nem ai se você é médico ou varredor de rua, se tem pão ou se tem caviar, se vai passar as férias na casa da mãe no interior ou vai para Paris, o que importa para o capitalista é que você compre e gaste todo seu dinheiro nas suas faculdades, lojas, empresas aéreas, … mas tem que gastar tudo!

Nada dá mais alegria para um capitalista do que comer o fígado de um país. A bola da vez é a Venezuela. O Maduro, que está completamente duro, “descobriu” decidiu entregar a Venezuela por uns trocados. Resolveu pedir arrego e se tornar amiguinho do EUA. O mais contraditório é que só houve revolução em Cuba, Nicaragua, Venezuela, … por causa da ganância (americana), mas como o comunismo é uma grande desgraça, a alternativa para sair do buraco mais fundo é cair em um buraco mais raso. Mas ambos são buracos, é só uma escolha de profundidade. Eu prefiro o buraco do capitalismo. Me dá uma impressão de que sou livre.

Voltando ao Dino e ao Brasil, minha bola de cristal me diz que ele será aprovado na CCJ e no plenário do Senado por pelo menos 75% dos votos dos senadores e que isso aconteça antes do recesso, afinal, no ano que vem, ninguém vai se lembrar quem votou e quem não votou nele e nem a imprensa militante vai querer que esse assunto fique na mídia.

Nós da direita vamos ficar choramingando pelos cantos, desapontados que nossos senadores conservadores se venderam por alguns milhões da verba do orçamento secreto, mas parte do dinheiro será usada para jogar algumas migalhas para o povo, que felizes da vida, dirão que Dino é comunista, mas é bonzinho.

Estou jogando toda a responsabilidade deste país se tornar uma grande nação para a geração que vai nascer a partir de 2050. Eles, quando forem jovens, iniciarão um movimento para derrubar os muros e libertar os mártires que estão presos por mais de 30 anos. Minha esperança é a dupla Lula/Dino, implantarão o comunismo no Brasil garantindo que será respeitado o estado de direito e a democracia. Se é inevitável, quanto mais rápido, mais cedo retornaremos ao caminho de nos tornarmos a maior nação do planeta. Por favor, solta o Dino no STF.

José Ernesto Conti – Engenheiro Mecânico, sócio da Spinola Ltda., escritor, conferencista e consultor portuário. 

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