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sábado, 27 abril, 2024

Sobre gente que se incomoda com criança

Algumas pessoas não sabem lidar com crianças. É necessário paciência e compaixão em uma situação como essa

No meu Facebook, vi certa vez um post de desabafo de uma conhecida, que não tem filhos, reclamando que, no avião, durante uma viagem, deu o azar de sentar do lado de uma “criancinha daquelas bem pirracentas, chatinha, que chorou o voo inteiro”.

Fiquei pensando, com muita compaixão, naquela mãe (da “terrível” menininha que chorava) e na criança, que a minha conhecida chamou de pirracenta. Isso porque quem tem filho sabe bem que uma viagem pode deixar os pequenos muito desconfortáveis. Não é fácil lidar com a situação, mas faz parte.

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Uma pirraça num voo não quer dizer que o pequenino seja birrento ou chato ou mal educado. Pode ser apenas um momento de estresse, muito comum às crianças em certas situações. Mas julgar (e não tentar compreender e ter empatia) é sempre um caminho muito mais fácil.

Algumas pessoas costumam ter um olhar muito mais cruel em relação a alguns comportamentos das crianças. Como se uma pirraça, um chorinho persistente, uma bagunça fora de hora, gritinhos em locais inapropriados, fossem atitudes absolutamente inaceitáveis, absurdas. Como se crianças pudessem ser avaliadas/julgadas da mesma forma que os adultos. E como se não fosse a coisa mais normal do mundo os pequenos, ainda tão imaturos, terem comportamentos considerados inadequados em algumas circunstâncias. Há adultos que também têm, convenhamos.

Estamos falando de crianças. Pessoinhas em fase de construção emocional e social. Claro que há casos de pais muito permissivos.

Mas o fato é que não se pode esperar sempre atitudes maduras e controladas dos pequeninos. Criança chora, grita, faz manha, teimosia, bagunça, mexe no que não pode, fala o que não deve, e isso nem sempre é sinal de falta de educação e/ou falta de correção. Pode acontecer nos momentos mais inesperados e não é que seja assim todo dia ou em todo lugar.

Tudo isso faz parte do desenvolvimento, do amadurecimento dos pequenos. Aos poucos, eles vão absorvendo valores morais, princípios éticos e ganham capacidade de discernimento. Assim, passam a ter posturas mais coerentes no convívio com o mundo. Mas isso acontece gradualmente.

Esta matéria foi publicada originalmente em 17 de Maio de 2018 no portal da Revista ES Brasil. As pessoas ouvidas e/ou citadas podem não estar mais nas situações, cargos e instituições que ocupavam na época, assim como suas opiniões e os fatos narrados referem-se às circunstâncias e ao contexto de então.

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