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sábado, 27 abril, 2024

Reinventar é preciso

De tempos em tempos é normal que os empreendedores, empresários e gestores se peguem pensando em questões existenciais acerca de seus negócios

Em momentos de crise, principalmente, este pensamento inevitavelmente vem à tona e, quando se percebem em encruzilhadas mercadológicas, fazem a si mesmos perguntas como:
Estou há anos no mercado, porém porque meu negócio não cresce mais como antes?
Porque não consigo atingir mais o desempenho do início?
Porque as vendas estão estagnadas e os números não melhoram?
Porque não tenho mais aquele gás para tocar o dia a dia da minha empresa?

Estas e outras questões reaparecem sempre na mente dos empresários e empreendedores, principalmente em momentos como os que estamos vivendo agora, de crise e redução de demanda.

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Uma coisa é certa! Quando você se depara com estas questões e não sabe a resposta, provavelmente, é chegada a hora de REPENSAR o negócio.

Mas o que seria isto? Jogar fora o que já foi conquistado fora e começar tudo novamente? Claro que não (embora você possa fazer isso se quiser), você só precisa REINVENTAR.

Reinventar um negócio é olhar para um modelo que já foi bom, mas que não funciona mais e não apresenta mais resultados satisfatórios, revisá-lo e atualizá-lo para os tempos e demandas atuais. Trata-se de revisar a análise dos cenários, entender em que altura do ciclo de vida o negócio se encontra, traçar novas metas, novos desafios, novos rumos e muitas vezes mudar totalmente o jeito como se toca uma empresa antes de ter que trocar a empresa em si…

Uma boa maneira de fazer este trabalho de reinvenção é formar um grupo interno, ou não, e aplicar uma metodologia de planejamento estratégico. Lembrando que uma boa metodologia de planejamento estratégico não deve se ater apenas a criar objetivos e planos de ação, mas sim, gastar um tempo considerável analisando todas as nuances do mercado onde a empresa está inserida e, minimamente, extrair desta etapa uma boa análise Swot (Medição de forças, fraquezas, oportunidades e ameaças).

Este processo vai ajudá-lo a ver pontos que não são vistos na rotina agressiva do dia a dia e renovar as energias para continuar.

O principal erro no mundo dos negócios é perder a agilidade, a flexibilidade e o dinamismo. É como ficar sentado numa varanda vendo as coisas acontecerem sem fazer nada a respeito. É muito comum o empresário ser tomado por um sentimento de paralisação. É muito comum vacilar no sentimento, na paixão pelo negócio e ficar sem a motivação, sem o suspiro para dar aquela energia extra ao negócio. Fazer as coisas sempre da mesma maneira torna o dia a dia cansativo e os resultados vão embora em função do medo da mudança.

Tentativas frustradas de contratação de novos empregados, criação de novas funções, ações de marketing sem resultados… Enfim, se muitas vezes já foram tentadas ações isoladas e os resultados não vieram, pode ser a hora de uma mudança mais drástica.

Há muitas áreas onde se pode transformar um negócio: o marketing, o foco do mercado onde se está inserido, os serviços e produtos vendidos, a forma de gerir, a tecnologia utilizada, a escala (volumes de vendas) e os objetivos pessoais do empreendedor. É possível remodelar globalmente ou escolher especificamente aquilo que vai gerar o maior impacto no resultado. Por isto se torna tão importante uma análise estratégica completa antes de se ajustar os objetivos ou formular novos.

Toda empresa passa por um ciclo de vida. Fazer ajustes e mudanças ao longo do caminho é normal. São estas novas ideias, ou seja, o frescor das grandes mudanças que podem levar o negócio a um novo nível.

O principal motivo de mudança, principalmente nos pequenos negócios, é a inquietação do empresário, um sentimento forte da necessidade de mudança, que é natural e instintivo, não deve ser ignorado.

Além de uma boa rodada de avaliação da estratégia há outras soluções tão eficazes quanto e que, inclusive, são complementares. Entre elas podemos destacar:

– Um programa de orientação (consultoria ou mentoria) pode ajudar nessa jornada;

– Uma excursão de benchmarking, que nada mais é do que uma pesquisa sobre o que outros negócios estão fazendo e que pode ser feita online;

– Fazer um curso de reciclagem na área de atuação;

– Aprender novas competências;

– Participar de grupos de discussões, rodas de conversas empresariais ou mesmo trocar ideias com pessoas experientes e que, certamente, já passaram por este tipo de situação.

Enfim, independente do momento que a empresa esteja passando agora, fatalmente ela passará por momentos de inquietação, dificuldades e precisará de oxigenação. O segredo para não ser pego de surpresa é buscar estas alternativas antes que a crise se instale e torne o processo ainda mais doloroso.

Mas lembre-se é na crise que se criam as maiores oportunidades de crescimento. Não é necessário temê-las, mas sim, recebê-las de braços abertos e extrair o que de melhor elas têm para oferecer.

Valeria Effgen é escritora e fundadora do viabilize.app – software para desenvolvimento de plano de negócio online.

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