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domingo, 28 abril, 2024

Quais os carros usados que mais caíram o preço?

Pesquisa Mobiauto: SUV’s e picapes a diesel foram os carros seminovos que mais desvalorizaram no ano de 2022

Após um alta artificial de cotações de seminovos com até três anos de uso durante o período de pandemia, devido à falta de produção de vários veículos zero km, esses modelos usados começaram a perder preços. Como nenhum consumidor quer ou gosta de perder dinheiro, porém, que tal “minimizar essas perdas?” Quais modelos perderam menos valor, os hatches ou os sedãs compactos? Picapes flex ou diesel?

Mobiauto fez um levantamento minucioso de todos os estratos do mercado brasileiro de automóveis seminovos, realizando comparações de todos esses segmentos. Para apurar essa variação de preços, a equipe fez uma média das cotações nos três primeiros meses de 2022 e repetiu a pesquisa no mesmo período deste ano. Na média de todo o mercado nacional, ao considerar seminovos 2020, 2021 e 2022, a depreciação neste período foi de 5,64%.

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No entanto, duas categorias chamaram a atenção por terem desidratado bem acima das demais: os SUVs e as picapes, principalmente quando os analistas da área de Estatística da Mobiauto fizeram o recorte de combustível e separaram os veículos movidos a diesel. Resultado: as picapes e os SUVs perderam 8,34% e 10,36%, respectivamente. Na comparação com as médias gerais (-7,42 e -7,58%), nota-se o quanto as unidades a diesel perderam cotações.

Quais os carros usados que mais caíram o preço?
Seminovos mais vendidos, segundo pesquisa de Mobiauto – Foto: Arquivo

Start-up do segmento automotivo que mais cresceu em 2022 (130% de aumento de faturamento) e um dos três maiores marketplaces de carros usados do país, a Mobiauto mergulhou fundo nesses dois segmentos e apurou quais os modelos que mais impactaram negativamente os bolsos de seus proprietários. Em outras palavras, quais os piores negócios – do ponto de vista financeiro – desses nichos de mercado, sem antes destacar que essa pesquisa enterra uma “verdade” histórica: a de que veículos movidos a diesel são sempre bons negócios.

“Tínhamos observado queixas frequentes de clientes que anunciavam em nossa plataforma e só vendiam seus veículos – picapes ou SUVs a diesel – após aplicarem bons descontos. Como a Mobiauto possui gatilhos muito imediatos de dados vindos da área de atendimento ao cliente em favor do setor de Estratégia, rapidamente fizemos a pesquisa para quantificar essas perdas. E elas foram bem significativas: quem adquiriu um Ford Ranger XLS 2022 um ano atrás, hoje tem uma picape que vale R$ 50 mil a menos”, destaca Sant Clair Castro Jr. consultor automotivo e CEO da Mobiauto.

De acordo com Castro Jr., o principal fator para esse desinteresse repentino pelos modelos movidos a diesel encontra explicação na alta expressiva do custo do combustível em 2022. “Enquanto a gasolina teve alta de menos de 5% no ano, o diesel subiu acima de 50%”, explica. Não foi à toa que muitos clientes começaram a colocar seus veículos à venda, aumentando a oferta… e promovendo quebras nos preços.

No total, o levantamento considerou cotações de 18 veículos de 12 marcas diferentes. Foram os seguintes: BMW X5, Chevrolet S10 Cab. Dupla, Fiat Toro, Ford Ranger Cab. Dupla, Jeep Renegade, Compass e Commander, Land Rover Discovery e Discovery Sport, Mercedes-Benz GLC, Mitsubishi Pajero Sport, Outlander e L200 Triton Sport, RAM 2500, Toyota Hilux Cab. Simples e Dupla, Troller T4 e Volkswagen Amarok.

Quando você apura a média das versões de cada modelo – a tabela completa, com percentuais de depreciação de cada veículo está em anexo –, o ranking com os cinco veículos de maior desvalorização é o seguinte.

“O que mais assusta nem é o percentual. Mas os valores em si. Uma coisa é perder 5%, que foi a depreciação média no último ano em um carro de R$ 80 mil. Ele caiu para R$ 76 mil. A outra, bem diferente, é registrar uma desvalorização de 15% em um carro em que você pagou R$ 600 mil: isso dá cerca de R$ 90 mil a menos!”, alerta Castro Jr., sugerindo que os fãs de picapes e SUVs a diesel se orientem com o levantamento feito pela empresa para não correrem o risco de registrar perdas tão significativas.

Do total de veículos pesquisados, a boa notícia é que, sim, cinco deles, considerando a média dentre as versões, “salvaram-se” e registraram perdas inferiores à média de 5,41% de todo o mercado. Dentre os quais, quem diria, dois verdadeiros campeões tiveram a proeza de ganhar preço e se valorizaram de um ano para cá.

Sant Clair Castro Jr. explica o Top Five: “Além da consistência da Mitsubishi ao introduzir uma picape e um SUV no Top Five e da soberania da Toyota Hilux nesse segmento, eu quero destacar a relevância dos nichos específicos de mercado. Veja o Troller T4: apesar de ter saído de linha, é um produto único no mercado nacional. E continuará sem perder preços por um bom tempo. A RAM é o outro exemplo: ápice do sonho dos ‘picapeiros’, seja por seu luxo, espaço ou potência. São dois veículos bem particulares que possuem clientela cativa. Por isso não perdem preços”, opina.

A MOBIAUTO – Em quatro anos de operação, a empresa já se posiciona como um dos maiores marketplaces do mercado de automóveis do Brasil, tendo alcançado mais de 9 milhões de acessos mensais.

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