O novo sistema operacional BMW 8.0 traz a “pesada” carga de software tem atualização automática frequente, via internet 5G
O BMW X1 de terceira geração amadureceu. A tecnologia é o destaque no utilitário de luxo, que enfim se assume como um SUV. O “Jornal do Carro”, do “Estadão” acelerou o modelo que estava em pré-venda no Brasil desde fevereiro, com preço de R$ 296.950 a R$ 349.950. O primeiro lote veio importado de Regensburg, na Alemanha.
Mas o SUV terá produção local a partir deste mês de abril. Segundo executivos da BMW, a fábrica de Araquari (SC) e seus fornecedores estão recebendo os ajustes finais para o início da montagem. Por ser conectado à internet 5G e receber atualização automática de conteúdo, o novo X1 terá só 40% de peças nacionais.
Motor evolui
O teste teve cerca de 200 km ao volante do X1 com motor 2.0 TwinPower Turbo de quatro cilindros a gasolina. Este gera potência de 204 cv e 30,6 mkgf de torque máximo com o câmbio DCT de dupla embreagem e 7 marchas nas versões sDrive20i X-Line (R$ 328.950) e sDrive20i M Sport (R$ 349.950).
Trata-se da mesma família de motores da geração anterior, mas com mudanças na central elétrica, no turbo e no sistema de injeção de gasolina. Assim, a BMW anuncia aceleração de zero a 100 km/h em 7,6 segundos e velocidade máxima de 236 km/h.
A performance não é o objetivo, porém o motor ficou mais prazeroso nesta geração do SUV. As trocas do câmbio Steptronic, por exemplo, estão mais dinâmicas e agradáveis.
Só que a meta é ter maior eficiência. No Inmetro, este novo X1 faz até 10,7 km/l na cidade e 13 km/l na estrada.
Mas e o motor flex? Mesmo com a nacionalização, não há plano no momento de adotar no SUV o sistema bicombustível presente no sedã Série 3.
Seja como for, a quem interessar, há ainda o X1 sDrive18i GP (R$ 296.950). A versão de entrada usa motor 1.5 TwinPower Turbo de três cilindros que gera 156 cv e 23,4 mkgf. Este também bebe só gasolina.
Agora sim um SUV
A sensação neste novo BMW X1 é de que o modelo enfim se assume um SUV. Há espaço para até cinco adultos e bagagens com conforto Sucesso desde o seu lançamento em 2009, o modelo sempre teve limitações no tamanho. Pois a evolução de plataforma fez o X1 crescer em todas as dimensões. São 7 cm a mais no comprimento, com 4,50 metros, e 2 cm a mais de entre-eixos, com 2,69 m.
Ao olhar para largura, encontrará 2 cm extras, com 1,84 m. Já a altura ganhou 4 cm e alcança 1,64 m. Isso dá folga para cotovelos e ombros de todos a bordo. Da mesma forma, cresceu o porta-malas, que passa a ter capacidade de 476 litros e chega a 1.527 l com os bancos traseiros rebatidos.
Grade gigante
O X1 muda o visual, que está mais encorpado. A grade frontal cresceu e tem aletas móveis na versão M Sport, para melhorar a refrigeração do motor. A opção adiciona rodas de liga leve de 20″. Assim, melhora a imagem do SUV, que tem novos faróis adaptativos de LEDs.
Alta tecnologia
Nada é mais chamativo que a cabine do novo X1, com inovações herdadas do SUV elétrico iX. É o caso do novo sistema operacional BMW 8.0. De acordo com a BMW, a “pesada” carga de software tem atualização automática frequente. Tudo via internet 5G. O painel tem duas telas grandes de 10″ e 10,7″, que ficam unidas em peça única e curva no topo.
Com todas as novidades, o X1 tem predicados para continuar líder entre SUVs de luxo. Em 2022, emplacou 3.479 unidades, o dobro do volume de rivais como Volvo XC40, Audi Q3 e Land Rover Discovery
Prós e Contras
PRÓ – MAIOR E MELHOR
Nova geração do SUV de entrada da BMW dá salto tecnológico na cabine e ao volante.
CONTRA – SEM ELETRIFICAÇÃO
Embora tenha o painel moderno dos elétricos, novo X1 ainda é 100% a combustão.
Com informações de Agência Estado