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sábado, 27 abril, 2024

Projeto obriga exames em grávida e recém-nascido

Proposta prevê que hospitais da rede pública e privada façam exames sanguíneos para HIV, sífilis e hepatite em grávidas e recém nascidos

Por Robson Maia

Um Projeto de Lei (PL) em tramitação na Assembleia Legislativa do Espírito Santo (Ales) torna obrigatória a realização dos testes sanguíneos em gestantes durante o pré-natal. A regra, que também engloba recém-nascidos, se tornaria válida tanto para hospitais da rede pública quanto privada.

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A proposta, de autoria do deputado Dr. Bruno Resende (União Brasil), prevê que o teste deverá ser oferecido gratuitamente e o resultado dos exames em recém-nascidos deverá ser registrado na carteira de vacinação. A iniciativa visa diminuir a transmissão vertical – de mãe para filho – de agentes etiológicos, como HIV, hepatite e sífilis.

O autor da proposta afirma que a transmissão vertical do HIV, da bactéria que causa a sífilis e do vírus da hepatite B tem relação direta com a qualidade da assistência médica durante o pré-natal, parto e puerpério. Dr. Bruno destaca ainda a possibilidade de um acompanhamento especializado nos casos detectados.

“Sabe-se que o risco de transmissão vertical do HIV, sem que ocorra qualquer intervenção durante a gestação para evitá-la, situa-se entre 25% e 30%. Desse percentual, há risco de 25% a 40% de haver transmissão intraútero, 60% a 75% de transmissão intraparto e, através da amamentação, 7% a 22% por exposição, ou seja, a cada mamada”, pondera o parlamentar.

Conforme destacado na proposta, a taxa de transmissão vertical do HIV pode ser reduzida a menos de 1% mediante intervenções médicas específicas em parturientes com sorologia positiva. Os procedimentos incluem a administração de AZT injetável durante todo o trabalho de parto, bem como a realização de manejo obstétrico adequado, além do uso de inibidor de lactação e administração de medicamentos ao recém-nascido nas primeiras horas de vida.

O PL impõe ao Poder Executivo a realização de campanhas de conscientização de pais e responsáveis sobre a importância dos testes para o combate dos agentes infecciosos e o adequado tratamento.

“Estudos desenvolvidos pelo Conselho Regional de Medicina do Estado de São Paulo demonstram que, quando se realiza preventivamente o teste de HIV nas gestantes, reduz-se de 30% para 8% a incidência da Aids em recém-nascidos”, analisa Dr. Bruno.

O deputado reafirma a necessidade de treinamento de equipes para cuidados específicos durante os trabalhos com a gestante e o recém-nascido.

“Ações propostas devem prever, em caráter permanente, capacitação e atualização de equipes multiprofissionais no acolhimento, aconselhamento, realização de testes rápidos, manejo clínico de parturientes HIV positivas e crianças expostas, testagem, diagnóstico e terapêutico para sífilis, bem como ações de vigilância epidemiológica e articulação com os demais serviços da rede de atenção à saúde”, diz o parlamentar.

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