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sábado, 20 abril, 2024

‘Orgulho de ser capixaba’: nova variável de consumo no ES

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Foto: Leonardo Silveira/ PMV

O capixaba não só aprecia as “coisas da terra”, como faz questão de adquirir produtos e consumir serviços alinhados a referências do Estado

Por Carla Pollake

Ter orgulho e valorizar as características que fazem do Espírito Santo um estado diferente dos outros pode ajudar empresas locais a se posicionarem no mercado e a conquistarem mais clientes. Essa foi uma das principais constatações de uma pesquisa, desenvolvida em duas etapas para empreendedores e investidores capixabas.

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O estudo comparativo avaliou dados apurados em 2015 e informações levantadas em agosto deste ano. O objetivo foi identificar as mudanças culturais que, hoje, influenciam diretamente o comportamento do consumo de produtos e de mídia. O resultado confirmou o que já se imaginava: o capixaba não só aprecia as “coisas da terra”, como faz questão de adquirir produtos e consumir serviços alinhados a referências do Estado, sejam elas culturais ou geográficas.

Das camisetas com imagens de ícones como a Pedra Azul, o litoral ou o Congo, aos pingentes com elementos da natureza ou símbolos nativos, o regionalismo marca presença nas mais diversas áreas.

E a tendência é crescer ainda mais. Para vários setores, especialmente os ligados diretamente à imagem pessoal, como vestuário, decoração e joalheria, as belezas naturais do Estado foram o elemento mais mencionado na pesquisa. Para eles, é preciso mostrar ao mundo o quão bonito o Espírito Santo é.

Para empreendedores mais atentos, cujas marcas e produtos trazem esse novo posicionamento no DNA, essa é uma oportunidade ímpar de valorizar produtos locais e lucrar mais.

Potencial de consumo para isso, o Espírito Santo tem. O rendimento médio por família, no Estado, é ligeiramente mais alto que a média nacional e temos o sétimo melhor Índice de Desenvolvimento Humano (IDH) do país, o que impulsiona o capixaba a investir cada vez mais em qualidade de vida por meio do consumo.

E consumo não apenas de produtos locais tangíveis, mas também de imateriais, mas que remetam ao universo capixaba como, por exemplo, a arte e a música regionais.

Dispondo de perfis econômicos e culturais de consumidores como essa pesquisa, fica mais fácil às empresas identificarem tendências e criarem estratégias de comunicação e venda. A partir daí, é entregar ao consumidor o que ele deseja. E o capixaba mostrou que sabe muito bem o que quer.

Carla Pollake é Diretora Executiva da Pollake Pesquisa e Consultora

*Artigo publicado originalmente em 27 de outubro de 2020. Fatos, comentários e opiniões contidos no texto se referem à época em que o artigo foi escrito.

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