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sexta-feira, 26 abril, 2024

Meningite: ES já tem 15 casos confirmados e cinco óbitos em janeiro

Referente à vacinação de 2021 contra a Meningite Meningocócica C, o estado ainda não alcançou a meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde (MS)

Por Wesley Ribeiro 

Somente no primeiro mês de 2022, já foram confirmados 15 casos de meningite e cinco óbitos pela doença no Espírito Santo, entre viral, bacteriana e fúngica. Enquanto durante todo o ano passado, foram confirmados 79 casos no estado, com 18 óbitos. Os dados foram divulgados pela Secretaria de Estado de Saúde (Sesa) nesta quarta-fera, 9 de janeiro. 

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O subsecretário de Estado de Vigilância em Saúde, Luiz Carlos Reblin, destacou que a meningite é uma doença imunoprevenível, ou seja, pode ser evitada pela vacinação. “Por isso, é importante estarmos com a vacinação em dia, especialmente a de crianças e adolescentes, cuja vacinação contra a meningite está presente no Calendário Vacinal”, ressaltou.

No entanto, a realidade vacinal é preocupante. Referentes à vacinação de 2021 contra a Meningite Meningocócica C, o Estado ainda não alcançou a meta de 95% preconizada pelo Ministério da Saúde (MS).

Para crianças menores de um ano, a cobertura da Meningococo C está em 72,57%. Já para crianças com um ano, a cobertura é de 69,96%. Para adolescentes, a cobertura da Meningococo ACWY é de 38,56% para a faixa etária de 11 anos de idade e, 25,43%, para de 12 anos.

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Referentes à vacinação de 2021 contra a Meningite Meningocócica C, o Estado ainda não alcançou a meta preconizada pelo Ministério da Saúde, de 95% – Foto: Reprodução

Segundo Reblin, todas as formas de meningite precisam de atenção especial pela gravidade que a doença pode desenvolver, entre as quais se destaca a Meningite Meningocócica C. Em 2022, foram confirmados seis casos e dois óbitos dessa variante.

Além disso, a Sesa destacou também que, apesar da faixa etária em maior risco de adoecimento ser crianças menores de um ano de idade, os adolescentes e adultos jovens são os principais responsáveis pela manutenção da circulação da doença na comunidade, sendo que a forma de controlar a Meningite Meningocócica C é manter elevadas coberturas vacinais tanto na população infantil quanto em adolescentes.

 

Nota de alerta aos municípios

Em virtude do cenário atual, o Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde (CIEVS) da Sesa encaminhou, nessa segunda-feira, 07 de fevereiro, às secretarias municipais de saúde uma nota de alerta à situação epidemiológica da doença.

“Alertamos os profissionais de saúde capixaba tanto em relação ao cenário quanto ao manejo adequado de casos suspeitos pela meningite”, frisou o coordenador do Centro de Informações Estratégicas e Respostas em Vigilância em Saúde, Gilton Almada.

O alerta, segundo Almada, ocorre devido à investigação de casos de Meningite Meningocócica C no município de São Roque do Canaã, no norte do Estado. Ainda de acordo com o coordenador, a investigação teve início na última sexta-feira, 4 de fevereiro.

“Estivemos durante o final de semana anterior na cidade e voltamos esta semana para dar continuidade à investigação, além de realizar ações de bloqueio para evitar a propagação de mais casos na região. Esta é uma doença que é passada pelo contato direto de secreções, por isso a importância de identificar aqueles que tiveram contato direto com os casos positivos para dar início à quimioprofilaxia, o tratamento preventivo”, explicou Almada.

Programa estadual 

Outra ação importante que vai acontecer ao longo da semana no município de São Roque do Canaã será, mediante o apoio do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis, a intensificação da rotina de vacinação.

“Realizaremos uma capacitação para os profissionais de saúde do município sobre a ampliação temporária da vacinação e a aplicação da vacina meningocócica C e ACWY para dar início, ainda nesta quinta-feira, 10 de janeiro, à vacinação contra a doença meningocócica C da população de 3 meses a 29 anos”, informou a coordenadora do Programa Estadual de Imunizações e Vigilância das Doenças Imunopreveníveis (PEI), Danielle Grillo.

Ela acrescentou que a ação de intensificação ocorre em caráter especial e contou com a autorização do Ministério da Saúde. A vacina será aplicada na população de 3 meses a 29 anos que não tenha recebido quaisquer doses ou esteja com esquema incompleto.

Para os demais municípios, a vacinação contra a doença meningocócica segue o Calendário Nacional, com doses disponíveis às crianças menores de um ano, crianças de um ano e adolescentes de 11 e 12 anos.

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