Presidente eleita para a CAAES, advogada Kelly Andrade foi a entrevistada do quadro ES Brasil Entrevista
Por Robson Maia
Nesta semana, a presidente eleita para a Caixa de Assistência dos Advogados do Espírito Santo (CAAES), a advogada Kelly Andrade, foi a entrevistada do quadro ES Brasil Entrevista. Durante o bate papo foram abordados temas como a vitória histórica nas eleições da OAB-ES, o papel do CAAES e as ações a serem implementadas ao longo do mandato.
Primeira mulher eleita para a presidência do CAAES, Kelly destacou o feito histórico para a advocacia capixaba, sobretudo da conquista em conjunto com a presidente eleita da OAB-ES, a advogada Erica Neves. Segundo ela, a vitória é fruto do projeto construído ao longo dos últimos anos.
“Minha luta na advocacia já vem de muitos anos, não é algo recente ou somente pensado para as eleições desse ano. Tive a oportunidade de presidir a subseção de Cariacica e por lá tivemos diversos projetos de sucesso. Apesar da mancha que vimos na reta final dessas eleições, foi histórico o resultado que tivemos. Mostramos para as outras mulheres que esse é sim um espaço que deve ser ocupado por nós, também”, disse Kelly Andrade.
A advogada explicou ainda sobre o papel do CAAES. A instituição cumpre um papel de auxilio social aos advogados que pertencem a OAB-ES. Segundo ela, é preciso ampliar a oferta de serviços para os membros.
“A CAAES tem que servir ao advogado. Hoje, infelizmente, a instituição não tem cumprido com o seu papel. É direito do advogado ter acesso e receber auxílio psicológico, por exemplo, e a oferta atual não é proporcional a demanda, sobretudo no interior. Temos que ser mais inclusivos. A OAB não é só a Grande Vitória”, disse a presidente eleita.
Entre as principais ações a serem implementadas ao longo do mandato, que terá início em janeiro, está a implementação de um laboratório digital para a inclusão de advogados em processos online. Segundo Kelly Andrade, com a modernização do sistema judiciário, é necessário superar barreiras criadas para os advogados de idade mais avançada, que, segundo ela, encontram mais dificuldades em processos digitais.
“Com a modernização do judiciário e com os processos quase todos on-line e remotos, temos que pensar em formas de incluir aquele advogado mais velho, de quase 60 ou 70 anos, que não está tão habituado com a tecnologia. E é justamente aí que surgiu a nossa proposta do laboratório digital, em que advogados mais jovens ajudam outros colegas que já encontram mais dificuldades. Realizamos esse projeto enquanto fui presidente da subseção em Cariacica e foi um sucesso. Vários advogados me procuraram para agradecer porque disseram que chegaram a pensar em desistir de advogar”, explicou a advogada.