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sábado, 27 abril, 2024

Exame de Alzheimer poderá ser disponibilizado no SUS capixaba

Proposta em tramitação na Ales prevê a disponibilização de exame sanguíneo para Alzheimer na rede pública capixaba

Por Robson Maia

Um Projeto de Lei (PL) em tramitação na Assembleia Legislativa (Ales) quer garantir a realização do exame PrecivityAD2, destinado ao diagnóstico precoce da doença de Alzheimer, de forma gratuita no Sistema Único de Saúde (SUS) do Espírito Santo. A medida, de autoria do deputado Capitão Assumção (PL), visa diminuir os custos para os pacientes, atualmente próximos de R$ 3,6 mil.

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O texto apresentado pelo parlamentar define que um profissional qualificado, na própria unidade de saúde, será o responsável pela realização do exame. Caso diagnosticada a doença ou qualquer indicativo de sua existência, o paciente será encaminhado para tratamento, em todas as fases, na rede pública de saúde, ou, por opção do paciente, na rede privada, com custeio próprio.

A indicação do exame é apenas para pacientes com idade igual ou superior a 55 anos que apresentam sinais ou sintomas de comprometimento cognitivo leve ou demência, e que estão sendo avaliados para a doença de Alzheimer ou outras formas de declínio cognitivo.

Assumção alega que o “teste representa um avanço no diagnóstico do Alzheimer, pois é menos invasivo e mais específico em comparação a métodos tradicionais, como a punção lombar e a tomografia por emissão de pósitrons (PET). Além disso, oferece uma alternativa custo-efetiva para o diagnóstico da doença”.

O parlamentar lembra ainda que a doença de Alzheimer “é um transtorno neurodegenerativo progressivo e fatal, que se manifesta pela deterioração cognitiva e da memória, comprometimento progressivo das atividades de vida diária e uma variedade de sintomas neuropsiquiátricos e de alterações comportamentais”.

A justificativa do projeto também esclarece que o PrecivityAD2 foi desenvolvido por uma startup, em parceria com a Universidade de Washington, e chegou ao Brasil por uma companhia de medicina diagnóstica.

Durante a realização, amostras de sangue são coletadas e enviadas aos Estados Unidos para análise. O resultado do exame fica pronto em até 20 dias e o teste representa um avanço no diagnóstico do Alzheimer, com precisão de 88%.

Além de não invasivo, o procedimento não expõe o paciente à radiação. Apesar de representar um avanço, o exame de sangue é complementar, mas não substitui completamente outros métodos diagnósticos para Alzheimer.

No Brasil, cerca de 1,2 milhão de pessoas vivem com alguma forma de demência e 100 mil novos casos são diagnosticados por ano. Em todo o mundo, o número chega a 50 milhões de pessoas.

A proposta segue em tramitação no Legislativo, sendo analisada pelas Comissões. Posteriormente, o texto seguirá para o Plenário para apreciação dos deputados. Caso aprovada, a medida será sancionada ou vetada pelo Executivo.

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