O presidente do Corecon-ES, Claudeci Neto, faz uma avaliação sobre os indicadores as expectativas do mercado
Por Amanda Amaral
Os indicadores relacionados à movimentação de preço registaram alta, segundo a última divulgação da Fundação Getúlio Vargas (FGV). Tanto o Índice de Preços ao Consumidor – Semanal (IPC-S) quanto o Índice Geral de Preços – Disponibilidade Interna (IGP-DI) sofreram acréscimos.
Para o presidente do Conselho Regional de Economia (Corecon-ES), Claudeci Pereira Neto, a inflação está diminuindo as expectativas do mercado.
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Variações do IPC-S
O IPC-S avançou a 0,79% na primeira quadrissemana de junho, após 0,50% no fechamento de maio. O indicador acumula alta de 10,44% em 12 meses, maior do que a taxa de 10,28% na leitura anterior.
Das oito categorias de despesas cinco aceleraram no período, destaque para Habitação, que passou de -1,37% para -0,15%. No grupo, o item com maior influência foi tarifa de eletricidade residencial, que reduziu a deflação de 9,34% para 4,99%.
Já Alimentação (0,45% para 0,73%), Educação, Leitura e Recreação (3,12% para 3,43%), Vestuário (1,21% para 1,62%) e Saúde e Cuidados Pessoais (0,87% para 0,89%) apresentaram acréscimo na taxa de variação.
Variações do IGP-DI
Com relação ao IGP-DI, a alta foi de 0,69% em maio, após uma elevação de 0,41% em abril. No acumulado, o crescimento foi de 7,17% em um ano e, em 12 meses, de 10,56%. Os seus três componentes apresentaram alta: o atacado (0,55%), o varejo (0,50%) e a construção (2,28%).
Claudeci Neto explica que os dois índices têm relação com o custo de vida. “Analisando os indicadores, a inflação continua evidente. Em alguns setores, por exemplo, o que se vê é que não há como segurar o preço. Chama atenção o setor de construção, pois ele dinamiza muito a economia, já que está presente em serviços e nas matérias-primas”, disse.
Expectativas do mercado
Para o presidente do Corecon-ES, a alta é preocupante. “O empresário analisa os preços antes de construir, e a inflação o inibe. O mesmo acontece com as famílias, que também vão pensar duas vezes antes de iniciar uma reforma ou construção”, conclui.
O economista afirma que a inflação diminui as expectativas do mercado. “As expectativas vão se deteriorando, os indicadores demonstram que a inflação não está desacelerando como esperado, e com isso não se consegue planejar o futuro, gera insegurança com relação aos investimentos”, pontua.
Com informações da Agência Estado.