No Dia Mundial do Café, o presidente do Sincafé, Egídio Malanquini, fala sobre as novidades e o futuro do setor
Por Amanda Amaral
O café é responsável por 36% do Produto Interno Bruto (PIB) do setor agrícola no Espírito Santo, que é o segundo maior produtor do país. Destacando a importância do produto para os capixabas, nesta quinta-feira (15), quando se comemora o Dia Mundial do Café, a ES Brasil conversou com o presidente do Sindicato da Indústria do Café do Estado do Espírito Santo (Sincafé), Egidio Malanquini.
A indústria do café produz cerca de 1,8 mil quilos do produto torrado e moído por mês no Estado, o que equivale a movimentação de aproximadamente R$ 36 milhões por mês. O setor gera ainda em torno de 400 mil empregos diretos e indiretos, segundo o Sincafé.
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Aumento do Consumo
Apesar da crescente elevação da inflação, que no acumulado de março deste ano chegou a 11,3%, afetando o poder de compra dos consumidores e promovendo alta no preço, de acordo com Malanquini, o consumo de café cresceu nos últimos anos.
“O consumo de café fora de casa no Brasil hoje representa 38%, mas antes era 99%. As pessoas passaram a consumir mais em casa, ou seja, ao longo do dia, além do café da manhã. Nos três primeiros meses deste ano, já houve aumento no consumo superior aos 1,8% referente ao último trimestre de 2021”, explicou.
Exportações de Blends
A evolução tecnológica permitiu também maior segurança sobre o produto e a diversificação, o que tem favorecido o mercado, na opinião dele. “O Espírito Santo avançou muito na qualidade do café torrado e moído e também na produção. Estamos agregando valor ao produto. Existem atualmente uma variação de composições e sabores”, disse.
Sobre o futuro, Malanquini complementa: “Este ano será importante para o setor no Espírito Santo, pois a indústria está se consolidando. Muitas já atuam fora do Estado e o nosso projeto é aumentar a exportação dos nossos blends com valor agregado para outros países”.
Blends em Cápsulas
O Café Meridiano pretende lançar, ainda neste primeiro semestre, mais três opções de blends de café em cápsula, dois blends de cafés especiais e um blend de café especial de origem.
“Acredito que o consumo teve um aumento de aproximadamente 1,5%, mesmo com a valorização da matéria-prima. Nos próximos meses, como já acontece devido às mudanças climáticas, é provável que o consumo aumente”, pontuou o diretor comercial da marca, Cleverson Hercílio Pancieri.
Selo 100% Capixaba
Já a Buaiz Alimentos trabalha para incrementar o portfólio e aderiu ao selo “Produto 100% Capixaba”, da Federação das Indústrias do Estado do Espírito Santo (Findes), pelo café Numero Um.
“Além de criar uma cultura de pertencimento e fortalecimento da identidade cultural do Espírito Santo, o uso do selo agrega valor ao empreendedorismo local, contribuindo para o desenvolvimento de toda a cadeia produtiva. Aproveitamos também o mês em que se comemora o Dia Mundial de Café para reforçar nossos produtos e o café capixaba em uma campanha do Café Numero Um que está sendo veiculada em TV’s e rádios do Espírito Santo”, destacou a diretora-geral e vice-presidente da Buaiz Alimentos, Eduarda Buaiz.
Clube de Assinaturas
A Realcafé tem novidades na linha de café especiais e aposta na criação de um clube de assinantes. Com a iniciativa, o consumidor se cadastra e recebe em casa um produto de uma edição limitada feito pela marca. No mix de produtos estão os cafés Cafuso na versão tradicional e extraforte. “A nossa estratégia é continuar ampliando nossa parceria com o varejo. Quem tem contato no dia a dia com o cliente, consumidor final, é o supermercado. Então, essa parceria é muito importante. Estamos sempre considerando os feedbacks e o que precisa melhorar”, garantiu o diretor comercial da Realcafé, Bruno Giestas.
Com informações da Acaps.
