Evento reúne especialistas, amanhã, dia 03 de maio, para debater como tornar Espírito Santo competitivo
Não é preciso ser um expert em economia para entender que um crescimento sustentável depende obrigatoriamente da existência de infraestrutura logística eficiente e eficaz. Modais de transportes e sistemas de comunicações eficientes que interliguem as regiões e minimizem desperdícios de recursos.
Mas ineficiência da infraestrutura logística no Brasil resultou em elevação dos custos gerais da economia, traduzidos em significativas perdas de competitividade interna e externa. E é nesse contexto, que a Revista ES Brasil vai reunir, no próximo dia 03 de maio, para debater os desafios que precisam ser vencidos no Espírito Santo para que o estado garanta alto índice de competitividade tanto no país quanto no exterior.
A melhoria da eficiência nos serviços de transporte depende de uma malha rodoviária compatível com as necessidades do setor, que precisa de muito investimento para se desenvolver não apenas no Espírito Santo, mas em todo o País. As más condições nas rodovias federais e estaduais causa inúmeros prejuízos aos agentes econômicos. E para falar sobre o tamanho desse no Espírito Santo e o que fazer para otimizar prazos logísticos e garantir menores custos de transporte, apesar da infraestrutura precária, nossa equipe de debatedores irá contar com a presença do diretor Administrativo da Federação das Empresas de Transporte – ES (Fetransportes) e presidente do Sindicato das Empresas de Transportes de Cargas & Logística no Estado do Espírito Santo (Transcares), Liemar José Pretti.
O modal aéreo é um grande gargalo no Espírito Santo e uma das obras mais aguardadas, a ampliação do aeroporto (perspectiva foto) Eurico Aguiar Sales, em Vitória, está prevista para ser concluída em setembro deste ano. Entre os debatedores já confirmados, o secretário de Estado de Desenvolvimento, José Eduardo Azevedo, que irá apresentar projetos nas esferas federal, estadual e municipais de melhorias logísticas, destaca o significado dessa ampliação para a cadeia de logística capixaba. “Teremos novas oportunidades para o setor de transporte de cargas, e isso é importantíssimo”. E para falar do modal aéreo no Espírito Santo, teremos entre nossos debatedores o novo superintendente da Infraero – Aeroporto de Vitória, Afrânio Souza Mar.
As obras do Porto de Vitória, que se arrastam há anos, foram retomadas em 2016 e a promessa também é de que serão concluídas ainda este ano. O projeto do Porto de Águas Profundas em Vila Velha foi para a gaveta e o de Presidente kennedy, apesar de ter a obra autorizada pelo Ministério dos Transportes, ainda esbarra em questões burocráticas. A pergunta é: quando o ES terá capacidade para receber navios maiores ou mesmo ter uma estrutura moderna de portos alimentadores (feeder)?
A utilização de linhas férreas para escoamento da produção do interior para os portos pode reduzir os custos logísticos pela metade. A estrada de Ferro Vitória a Minas responde por 40% da carga ferroviária do país, transportando mais de 110 milhões de toneladas de produtos por ano. Mas ela representa menos de 5% da malha nacional. Isso significa que há muito espaço para investimento. E a quantas anda a expectativa de autoridades e empresários capixabas para a construção das estradas de ferro EF-118 (Vila Velha ao Rio de Janeiro) e EF-354 (Campos a Goiás)?
“Há 30 anos que não se vê investimentos significativos no Espírito Santo em infraestrutura, capazes de tornar o estado realmente competitivo. As demandas são as mesmas. E esse avanço parte de uma boa articulação política, que estruture políticas públicas eficazes e eficientes”, defende a economista e consultora Martha E. Ferreira, que também integra nosso time de debatedores.
Essa e muitas outras questões serão temas do ES Brasil Debate – novos caminhos para a logística no Espírito Santo, que contará ainda com a mediação do presidente da Federação Nacional das Agências de Navegação Marítima (Fenamar), Waldemar Rocha Júnior.
