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sexta-feira, 26 abril, 2024

Enquete: capixabas querem estabilidade, lazer e saúde para 2022

Uma enquete realizada pelo portal ES Brasil revelou que os capixabas planejam estabilidade, desenvolvimento pessoal e profissional, lazer, saúde e entretenimento para o ano 2022

Por Wesley Ribeiro 

Com o avanço da vacinação, o respeito às medidas sanitárias sugeridas pela Organização Mundial de Saúde (OMS) e a queda nos números de Covid-19 no Espírito Santo, é possível que 2022 seja um ano sem pandemia, com menos recessão, mais empregos e diversas possibilidades para a concretização de planos e sonhos. E você, já pensou sobre isso? Quais são os seus planos para o próximo ano?

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Para tomar conhecimento do que planejam os capixabas para o ano que vem por aí, se estão otimistas ou pessimistas, o Portal ES Brasil realizou uma enquete exclusiva em novembro de 2021 e as respostas foram surpreendentes. Em geral, estão interessados em estabilidade, desenvolvimento profissional e pessoal, lazer, saúde, beleza e entretenimento.

Os respondentes, na sua maioria homens (56%), têm idade entre 19 e 49 anos e possuem ensino superior completo. Para eles e elas, “buscar qualificação profissional” foi o plano mais citado para 2022 (60%), seguido por “aprender outros idiomas” (40%), “mudar de emprego” (36%), “voltar a frequentar cinemas” (36%), “viajar mais” (32%) e “voltar a frequentar a academia de ginástica” (32%).

Outros planos como “fazer aquela dieta”, “voltar a estudar”, “pular carnaval” e “mudar de cidade” empataram em 24%. E apenas 4% planejam trocar de carro ou se aventurar na prática de esportes radicais. Aqueles que querem ganhar peso ou perder peso também empataram em 16%.

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Fonte: Portal ES Brasil

Retomar a musculação e os estudos

Para o assistente administrativo Walter Pandolfi, de 34 anos, por mais que a pandemia tenha sido um desafio e tenha gerado perdas, não é hora de abandonar os sonhos. “Não devemos interromper nossos sonhos, por mais impossível que pareça. Sempre existe uma alternativa para tudo. A pandemia também nos trouxe a criatividade para tirar algo bom do lado negativo”, defende.

Mas o capixaba confessa que, no início da pandemia, sentiu-se dentro de um cenário apocalíptico. “Quando foi anunciada a pandemia, foi como assistir um filme apocalíptico de ficção científica. Por ser algo totalmente desconhecido eu automaticamente me isolei, deixei de ter uma vida social, parei de frequentar as academias (mesmo as que estavam funcionando dentro das medidas de segurança) e eu só saía de casa para fazer o necessário”, lembra.

Hoje, Pandolfi tenta retomar a rotina que tinha aos poucos e, entre seus planos para 2022, estão a volta à academia de musculação e a busca por qualificação profissional.

Como colocar os planos em prática

Segundo a psicóloga clínica Adriana Muller, o resultado da enquete mostra que essas pessoas estão ansiando por coisas que tragam de volta a sensação de que a vida está nas mãos delas. Ela esclarece que os planos citados compreendem as três grandes áreas da vida: estar bem consigo mesmo; estar bem com a questão financeira; e estar interagingo com as pessoas.

“A limitação causada pela pandemia foi sobrecarregando as pessoas e agora, com todas essas perspectivas positivas, de encontros, de liberdade, estão retomando essas questões que são importantes na vida que, por um lado é a estabilidade financeira, a alegria de viver, o lazer, e o encontro com as pessoas.”

Mas e agora, o que fazer? Por onde começar? Afinal, em geral um plano nasce como um desejo, quase fugaz, que se não receber atenção, simplesmente acaba.

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Adriana Muller é psicóloga clínica – Foto: Acervo pessoal

“Todo projeto”, continua a psicóloga, “tem que ter um porquê e um para quê. O primeiro vai conectar o projeto com a história da pessoa. Tem que ser algo que ela goste, que saiba, que faça sentido para ela. Enquanto o segundo tem a ver com o que a pessoa espera para o futuro. Onde ela quer chegar? Qual a sua expectativa? Quanto mais esse resultado futuro estiver conectado com a sua história de vida, mais motivação ela terá para seguir em frente”, detalha Adriana.

Aprender novos idiomas

É exatamente essa motivação que move a professora Andressa Correia dos Santos Salvador, de 41 anos. Depois do impacto da pandemia, que lhe provocou um “mix de impotência, medo e incertezas” ela rela que vai se dedicar a estudar libras. “Quero conhecer novos idiomas e me dedicar ao estudo de libras. Sou apaixonada pela linguagem brasileira de sinais. Não tem preço nos comunicar com a pessoa surda. Além do que estamos incluindo e fazendo com que ela seja entendida, compreendida”, relata a professora.

“Além disso, o que também me motiva é estar viva. Perdemos tantas pessoas queridas conhecidas e desconhecidas, diante de uma pandemia arrasadora. Passamos por tudo isso e permanecemos intactos, com saúde. Se Deus permitiu que eu chegasse até aqui, isso me dá ânimo, me deixa otimista”, conclui.

Dividir os planos em etapas

Segundo a psicóloga Adriana, outro ponto importante para a concretização dos planos é dividir os planos em etapas, adaptar a etapa que não corresponder as expectativas, e comemorar a cada etapa cumprida. Comemorar faz bem e ajuda a renovar as forças para continuar, ainda que o contexto seja cheio de incertezas.

“Grande parte da frustração das pessoas é porque elas fazem planos muito grandes, não dividem em etapas e falham. A etapa dois não pode ser feita antes da etapa um. Além disso, o projeto é baseado no autoconhecimento. Isso tem a ver comigo? Estou disposto a investir tempo, dinheiro, emoção, afeto e energia nisso? A rotina, a disciplina e a dedicação são também essenciais”, explica.

Buscar o apoio de outras pessoas

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Buscar o apoio de outras pessoas é fundamental para avançar com os planos – Foto: Reprodução

Outro fator importante para a concretização dos planos é buscar o apoio de outras pessoas. “Ter alguém com quem comemorar cada etapa conquistada, pode ser um amigo, um familiar e até mesmo um profissional, é essencial para a saúde emocional daquele que busca alcançar um objetivo”, esclarece.

Para finalizar, Adriana ressalta a importância da esperança, especialmente nesse cenário de pandemia. “A esperança é um sentimento que nos conecta com um futuro melhor. Futuro melhor é onde estou entregando o meu melhor. Estar fazendo algo para que isso aconteça. Não é a espera passiva. Esperança é uma espera ativa”, conclui.

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