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sexta-feira, 26 abril, 2024

COVID-19 desafia os comunicadores e a humanidade

Um ser microscópico demonstra sua grandiosidade e desafia os especialistas em gestão de crise. Isso mesmo! Os gigantes estão sendo provocados por um micro-organismo

Nos tempos em que se defende o planejamento em curto, médio e longo prazos, na era da gestão de crises, da comunicação de massa, da TIC, da construção de matrizes e personas, surge de forma avassaladora o coronavírus com nova cepa, para testar a eficiência da comunicação, os métodos e práticas desenvolvidas por séculos.

A COVID-19 leva os setores de saúde e comunicação a repensar seus métodos massa, em rede, os grupos de WhatsApp, a importância da comunicação interna e dirigida. Impõe um momento para sacarmos todas as armas contra o inimigo, sem tiro, com inteligência e fraternidade, palavra já em desuso.

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Quase invisível, pode passar despercebido, por dias assintomáticos, surge e mata. Não escolhe cor da pele, nação, posição social, nem ideologia política ou religiosa, avança de forma destemida e com isso faz com que inimigos mortais, lutem pela sua sobrevivência. Suspende as ameaças de guerra da agenda setting e se posiciona no topo dos noticiários.

Quem quer invadir quem em tempo de coronavírus? Mais do que disputas por territórios é hora de somar competências.

As grandes potências colonizadoras como os Estados Unidos, Itália, Inglaterra, Portugal e o império Chinês estão sofrendo na pele, liderando o ranking de letalidade. Os chefes executivos que politizaram a questões, desconsiderando as orientações de cientistas e especialistas estão assistindo seus combatentes tombarem nesta guerra, apesar de todo seu arsenal bélico.

O coronavírus é uma família de vírus que causa infecções respiratórias. O novo agente do coronavírus foi descoberto em 31/12/19 após casos registrados na China. Provoca a doença chamada de coronavírus (COVID-19). Em pouco mais de 120 dias se apresenta com novos avatares, três cepas diferentes já foram identificadas. Até 11 de abril de 2020, está contabilizado 1.741.807 casos de contaminação, subestimados pois não há condições de testagem em toda população, que levou 106.694 pessoas a óbitos.

Os primeiros coronavírus humanos foram isolados pela primeira vez em 1937, mesmo período em que foram registrados os primeiros estudos da comunicação. No entanto, foi em 1965 que o vírus foi descrito como coronavírus, em decorrência do perfil na microscopia, parecendo uma coroa. Neste período as mídias de massa se despontam.

Coincidência ou não o coronavírus se desenvolveu paralelo à comunicação e agora a maior ferramenta para combatê-lo está nas mãos dos comunicadores: conscientização da população para evitar a proliferação, como maior contribuição em paralelo ao trabalho dos cientistas que buscam encontrar uma vacina e os profissionais de saúde métodos de cura.

A maioria das pessoas se infecta com os coronavírus comuns ao longo da vida, sendo as crianças pequenas mais propensas a se infectarem com o tipo mais comum do vírus. Os coronavírus mais comuns que infectam humanos são o alpha coronavírus 229E e NL63 e beta coronavírus OC43, HKU1. Os animais também foram atingidos pelas cepas anteriores, porém a COVID-19 os está poupando neste momento, tendo apenas um caso confirmado, na China até o momento.

Mas o maior desafio é promover a comunicação adequada, buscar dados e informações em fontes seguras, para confrontar com as “fake news” ou dados manipulados pelos interessados no capitalismo desumano que coloca a população para escolher entre a vida e o vil metal, entre seguir as orientações de se manter em distanciamento social voluntário, em casa ou colocar a cara na rua, para manter a economia das nações em equilíbrio. Não há equilíbrio econômico sem vidas. Não há indústrias sem trabalhadores vivos. Não há mercado sem consumidor. É hora de recuo. As nações tem que recuar e entender que este inimigo mortal exige respeito e não confrontação.

Assim, como nunca antes na humanidade, o trabalho dos comunicadores está em cheque. Informar, sensibilizar, convencer e motivar aos cidadãos a buscarem informações precisas e discernir o que é manipulado para fazer contrainformação neste momento tão sério, que usa, como sempre usou, grande porta-vozes para fazer este desserviço a humanidade.

Desejo saúde e perseverança a todos os bons comunicadores e que nossa missão de ser instrumento de utilidade pública, para o bem da sociedade seja mais que nunca exercido.

Máira Coelho Silva é jornalista, publicitária, MBA em gestão de comunicação corporativa, especialista em comunicação interna, sustentabilidade, gestão de crise e brand. Mestranda em comunicação digital

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