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domingo, 28 abril, 2024

Inovação é pilar para crescimento da indústria e desenvolvimento do ES

Investir em inovação é, sem dúvida, uma forma de olhar para o futuro do nosso setor e do nosso Estado

Por Cris Samorini

A tecnologia tem sido responsável pelas maiores transformações do mundo moderno. Nas últimas décadas ela tem modificado não apenas processos, mas comportamentos. Do uso pessoal do celular, passando pela educação, saúde, mercado de trabalho até as nossas atividades produtivas.

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Na indústria, por exemplo, essa transformação é gigantesca. E, ao mesmo tempo em que ela gera desafios para a gestão das nossas empresas, também gera grandes oportunidades para melhorarmos processos, tornar os negócios mais produtivos e, assim, nos inserirmos em um mercado altamente competitivo, tecnológico e global.

Por isso, nós enquanto Federação das Indústrias do Espírito Santo entendemos que a inovação tem que estar no centro das discussões produtivas e socioeconômicas. Ela é pilar do desenvolvimento do Estado. Por acreditar nisso, a Findes vem desempenhando um importante papel no fomento à inovação capixaba, investindo em iniciativas que estimulem a cultura da inovação entre as empresas, com o objetivo de torná-las mais competitivas e preparadas para o mercado.

Nesse contexto, destaco as atuações do Findeslab e do Instituto Senai de Tecnologia (IST), que têm criado conexões entre empresas e startups em diferentes áreas, gerando novas oportunidades de negócios e conectando o Estado a uma rede local, nacional e internacional de iniciativas, pessoas e entidades inovadoras.

São mais de 600 empresas atendidas com serviços de tecnologia e inovação pelo Findeslab, desde sua inauguração em 2019. O impacto disso é a geração de R$ 32 milhões em projetos de inovação. Um trabalho que tem ganhado destaque nacional e internacional, como a conquista do certificado do Centro de Referência para Apoio a Novos Empreendimentos (Cerne1) e a coparticipação no Brazilian Indtechs in Germany, BiG 2023 (BiG), primeira chamada de Inovação Aberta Internacional.

Estamos no caminho certo, mas precisamos dar cada vez mais tração ao tema e difundir a mentalidade de que a inovação tem que ser parte de uma estratégia para acelerar o crescimento econômico do país. Hoje, a indústria já se destaca como propulsora dessa jornada. Levantamento da CNI mostra que o setor industrial é responsável por 68,6% do investimento privado em pesquisa e desenvolvimento.

Esse percentual é muito positivo, mas temos condições de avançar. Acredito que um passo decisivo nessa direção é a ampliação dos investimentos públicos e privados em ciência, tecnologia e inovação. A definição de uma política de apoio à inovação, que seja ambiciosa e de longo prazo, também é imprescindível.

Por aqui no Espírito Santo, temos buscado ampliar essa representatividade, estimulando um ambiente favorável para a inovação e o empreendedorismo. E para tornar o ecossistema de inovação mais forte, destaco o movimento da MCI – Mobilização Capixaba pela Inovação, que tem unido diversos atores locais, como o setor produtivo, a academia e o governo estadual.

Investir em inovação é, sem dúvida, uma forma de olhar para o futuro do nosso setor e do nosso Estado. Aliás, mais do que isso, é garantir a competitividade das empresas, é criar mais oportunidades de negócios, é gerar novos empregos e atrair investimentos. É um elemento-chave para impulsionar o desenvolvimento do Espírito Santo e do Brasil.

Cris Samorini é presidente da Federação das Indústrias do Espírito Santo, a Findes.

*Artigo publicado originalmente em 19 de julho de 2023

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