Portadores de doenças cardiovasculares, transplantados e pacientes em grupo de risco devem tomar mais cuidado e manter o isolamento, segundo especialista
O novo coronavírus (Sars-Cov-2) tem levado muitos pacientes a óbito e os resultados são alarmantes. Só no Brasil já são 234 casos confirmados da doença, que tem acometido mais adultos por volta dos 40 anos e idosos.
A doença pode ser mais perigosa em pessoas que possuem doenças cardiovasculares. Segundo dados do Colégio Americano de Cardiologia (ACC), em fevereiro de 2020, 40% dos hospitalizados com resultado positivo para essa infecção apresentavam alguma patologia cardiovascular ou cerebrovascular prévia. Além disso, 6,7% dos pacientes manifestaram arritmia e 7,2%, uma lesão no miocárdio.
Mas como evitar o contágio da doença entre esse público, considerado como grupo de risco? De acordo com a Sociedade Brasileira de Cardiologia (SBC), os pacientes devem manter o isolamento e evitar o contato com pessoas que tiverem alguma doença.
Além disso, a SBC alerta que os cardiopatas devem evitar o uso de medicamentos da classe anti-inflamatórios não esteroides (AINE), como ibuprofeno, e medicamentos à base de cortisona que podem afetar a capacidade de reação do sistema imunitário, responsável por combater o vírus.
Transplantes
Os pacientes transplantados também devem ter muita atenção. Segundo o cardiologista capixaba Melchior Luiz Lima, qualquer paciente que tenha realizado um transplante deve permanecer em quarentena e evitar ao máximo as aglomerações.
“Quem realizou transplante de coração ou de outro órgão utiliza imunossupressores para evitar a rejeição. Por isso, é importante que essas pessoas quando saírem às ruas ou estiverem algum local devem usar máscaras e luvas para segurança”, disse.
O especialista afirmou que alguns cuidados são necessários. “É importante manter uma dieta equilibrada, com alimentos ricos em vitaminas, e se mantenha hidratado. Também evite apertos de mãos, abraços e contatos, pois isso garante a sua saúde e a do próximo”, finalizou.
Veja o vídeo divulgado pela Sociedade Brasileira de Cardiologia hoje (17):