No Espírito Santo, Abrasel afirma que é necessário o refinanciamento das dívidas da pandemia para evitar falências
O ano começa tenso para proprietários de bares e restaurantes, 42% dos estabelecimentos afirmaram que ainda faturam menos do que em 2019, período pré-pandemia. O número é resultado da pesquisa divulgada nesta terça-feira (06), pela Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel).
Muitos afirmam ter gerado dívidas em função das restrições sanitárias e, por isso, o setor está apreensivo pela promulgação do Reescalonamento do Pagamento de Débitos no Âmbito do Simples Nacional (Relp). Segundo o presidente da Abrasel no Estado e do Sindicato de Bares e Restaurantes (Sindibares), Rodrigo Vervloet, os empresários estão confiantes.
- Gás Natural: Empresários se posicionam sobre aumento do preço
- Acesse nossas redes sociais: Instagram e Twitter
“Essa também é a realidade nossa aqui no Estado. Estamos em debate sobre o refinanciamento e estamos com a esperança de conseguir que a lei seja aprovada. Desenquadrar as empresas do Simples Nacional seria como decretar a falência do nosso setor”, afirmou
Simples Nacional
O Simples Nacional é regime de arrecadação, cobrança e fiscalização de impostos que unifica 08 impostos municipais, estaduais e federais em uma só guia de pagamento. O presidente-executivo da Associação, Paulo Solmucci, também se manifestou sobre o tema.
“A expectativa é alta. Queremos começar o ano e reafirmar a retomada com o alívio de saber que não haverá o desenquadramento do Simples por dívida. Por isso o refinanciamento é tão importante. A sanção do presidente da República deve ser a primeira boa notícia do ano para o nosso setor”, avalia.
Dívidas e Refinanciamento
O levantamento da Abrasel indicou que 42% dos estabelecimentos do setor ainda fatura menos do que em 2019. Já 33% afirmam ter superado o desempenho de antes do início das restrições de funcionamento, 14% dizem fator o mesmo e 11% ainda não existem naquele ano.
Sobre o Relp, 96% mostrou-se interessada. Outros 60% dizem que irão aderir com certeza e outros 36% afirmam que depende das condições. Apenas 4% disseram que não pretendem adotar o refinanciamento.
Sobre o Simples Nacional, quase metade das empresas consultadas (47%) já tem parcelas do Simples nacional em atraso e 85% destes têm medo de serem desenquadrados do regime fiscal diferenciado.
A Pesquisa
“A pesquisa só reafirma que o nosso setor foi o mais afetado pelas restrições da pandemia e que sem dúvida precisa ser olhado com atenção pelos agentes públicos, até para que haja uma compensação em razão do nosso sacrifício”, comentou o presidente da Abrasel-ES.
Os dados da pesquisa são referentes ao segundo semestre de 2021 e comparados com o mesmo período de 2019. As informações foram colhidas de 17 a 27 de dezembro de 2021.