Visando cumprir a meta, a mineradora já investiu R$ 1,4 bilhões em contratos e R$ 340 milhões estão em contratação
Por Amanda Amaral
Para cumprir a meta de reduzir 93% das emissões de pó preto (poeira) na Unidade de Tubarão até 2023, a Vale vai precisar desembolsar mais de R$ 3 bilhões para as obras e intervenções previstas no seu Plano Diretor Ambiental, que foi recentemente atualizado.
Agora, ele passa a ter um valor total estimado de R$ 4,67 bilhões. Até o momento, foram assinados cerca de R$ 1,4 bilhão em contratos e outros R$ 340 milhões estão em contratação, segundo a Vale.
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A empresa divulgou que a atualização do Plano Diretor Ambiental ocorreu, principalmente, em razão do avanço no detalhamento dos projetos de engenharia para as soluções propostas, além de novos estudos voltados para a gestão hídrica e por custos extras relacionados ao cenário da pandemia, como por exemplo a revisão de contratos, aumento do custo de insumos, entre outros.
Termo de Compromisso Ambiental
As intervenções e obras visam contribuir para o alcance da meta de redução de 93% das emissões de poeira, com relação a 2010, prevista no Termo de Compromisso Ambiental (TCA), firmado, em 2018, entre a Vale, o Ministério Público Estadual, o Ministério Público Federal e o Governo do Estado.
Geração de Empregos
Para este ano, a previsão é de que cerca de 1.800 pessoas atuem no pico das obras, de acordo com a mineradora. Contudo, a divulgação ressalta que as contratações serão realizadas pelas empresas responsáveis pelas obras ao longo do ano.
A Vale informou que haverá vagas para profissionais diversos como engenheiro, oficial polivalente, armador, carpinteiro, mestre de obras, encarregado, eletricista, mecânico, soldador, montador de andaime e encanador industrial, entre outros.
Pátio de Estocagem
Esta semana foi concluído o fechamento do pátio de estocagem temporária de pelotas da Usina 8, onde são movimentadas aproximadamente 200 mil toneladas de pelotas por ano, que passa a ter um galpão com uma área de cerca de 4 mil m². Na mesma usina, o pátio de insumos, com 8 mil m² de área, já havia sido fechado em 2019.
Estão em fase de contratação as obras para fechamento dos pátios de estocagem temporária das Usinas 5 a 6 e da Usina 7, cada um com 2 mil m² de área e capacidade para movimentar cerca de 200 mil toneladas de pelotas por ano.
Vagões e Correias Transportadoras
Os cinco viradores de vagões, que recebem todo o minério de ferro que vem de Minas Gerais, também receberão uma estrutura de fechamento. O projeto para a área de 7 mil m² está em fase final de desenvolvimento e prevê estruturas metálicas que podem chegar a até 28 metros de altura.
As obras do fechamento da principal correia transportadora da rota de embarque responsável pela alimentação dos píeres I e II, por onde são exportados todo o minério e pelotas de Tubarão, estão em andamento.
Wind Fences e Canhões de Vento
Também estão sendo iniciadas as obras de instalação de novas wind fences, que funcionam como barreiras, reduzindo a velocidade do vento nos pátios de estocagem. Serão quatro novas wind fences com extensão total de aproximadamente 6 km de telas. Dessa forma, a empresa passará a contar com 10 pátios cercados com 16 km de extensão de telas.
Nos pátios de pelotas das Usinas 5 a 7 e da Usina 8, serão instalados mais canhões de névoa, iguais aos já instalados no pátio de pelotas das Usinas 1 a 4. Os canhões lançam microbolhas de água sobre as pilhas de pelotas. Serão ao todo 11 novos canhões nesses dois pátios, sendo seis no pátio das Usinas 5 a 7 e cinco no pátio da Usina 8. Atualmente, está em andamento o processo de compra dos equipamentos.
Com informações da Vale.