No Dia de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial é importante ficar atento à doença responsável por mais de 300 mil óbitos anualmente no Brasil
Atualmente, os meios de comunicação têm voltado sua atenção às vítimas do novo coronavírus (Sars-Cov-2), mas é importante lembrar que as doenças do coração continuam sendo a principal causa de morte no Brasil e no mundo. Neste domingo (26), é celebrado o Dia Nacional de Prevenção e Combate à Hipertensão Arterial, doença responsável por mais de 300 mil óbitos anualmente no país, sendo uma das principais causas de Acidente Vascular Cerebral (AVC) e infarto do miocárdio.
Segundo dados da Sociedade Brasileira de Hipertensão, essa doença, mais comumente conhecida como pressão alta, se manifesta quando o sangue bombeado pelo coração para irrigar os órgãos do corpo exerce uma força maior contra a parede das artérias. Muitas pessoas nem sabem que têm a doença, que pode evoluir de forma assintomática e comprometer silenciosamente órgãos como o coração, rins, cérebro e olhos.
O cardiologista José Vitelio explica que a pressão arterial deve ser aferida em toda avaliação por médicos de qualquer especialidade e demais profissionais da saúde devidamente capacitados, sendo considerado hipertenso o paciente que ao aferir a pressão arterial em repouso apresente valores maiores ou iguais a 140 mmHg de pressão arterial sistólica e/ou valores iguais ou superiores a 90 mmHg de pressão arterial diastólica. Esses são os números de corte.
“A causa da doença primária é a hereditariedade, ou seja, se alguém da família já é hipertenso a probabilidade de desenvolver a doença aumenta. Existem causas secundárias de hipertensão arterial, como por exemplo: obesidade, distúrbios na tireoide, má formação das artérias renais, tumores das glândulas suprarrenais, apneia obstrutiva do sono, entre outras. Com o aumento da idade, também aumentam as chances de desenvolver a doença”, explica o especialista.
Pacientes com hipertensão arterial não controlada podem evoluir com AVC e infarto do miocárdio. Também podem apresentar complicações como insuficiência cardíaca, insuficiência renal, perda da visão, entre outros. Por isso, é importante consultar um cardiologista regularmente, principalmente se há histórico da doença na família. Quem já é hipertenso deve fazer um acompanhamento médico com mais regularidade.
Ainda de acordo com José Vitelio, a doença não tem cura, a não ser que as causas sejam secundárias, que podem ser revertidas. Sendo assim, é só corrigir as causas e a pressão arterial volta a normalidade. Tanto na causa primária ou secundária é preciso mudar o estilo de vida, tendo hábitos saudáveis, como alimentação saudável, evitando o consumo de alimentos industrializados e ricos em sódio; praticando atividades físicas, perdendo peso, não fumando, reduzindo o consumo de álcool e controlando o estresse.