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terça-feira, 23 abril, 2024

Preços de combustíveis caem consideravelmente no Estado. Entenda!

Há mais de 40 dias, os postos de combustíveis operam com valores bem mais baixos do que os capixabas estavam acostumados a consumir. Segundo especialista, o resultado pode ser resultado da crise “Rússia – Arábia Saudita”

Mesmo diante do isolamento social recomendado pela Organização Mundial de Saúde (OMS) para conter o novo coronavírus (Sars-Cov-2) quem circula pela Grande Vitória já deve ter percebido que os valores do preços dos combustíveis reduziram consideravelmente.

Anteriormente, alguns postos do Estado trabalhavam com valores da gasolina comum entre R$b 4,59 e R$ 5. Hoje, operam com valores inferiores a R$ 4. Já o diesel, está em média R$ 3,59. Mas por que será que isso ocorreu?

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Entenda o processo

Antes de chegar nos postos, os combustíveis passam por uma série de etapas. Ele começa o processo na refinaria, passa pela distribuidora, chega aos postos, até chegar aos consumo final. Antes disso, são inseridos impostos e cargas tributárias de contribuições.

Há mais de 40 dias, a Rússia e a Arábia Saudita, maiores produtores de petróleo, entraram em uma “queda de braço” a fim de determinar a redução dos valores dos barris de petróleo por conta da pandemia no novo coronavírus. A Arábia Saudita, por sua vez, não quis baixar os valores. Com essa briga, a Petrobras precisou reduzir seu preço na refinaria em 34%.

Por meio de nota, o Sindicato do Comercio Varejista de Derivados do Petróleo do Estado do Espírito Santo (Sindipostos-ES) informou que o preço da gasolina comum está em queda no Espírito Santo há mais de 60 dias. Segundo o Monitor de Preços dos Combustíveis da Secretaria de Estado da Fazenda (Sefaz), o preço médio do combustível ao consumidor no estado caiu R$ 0,51 no período. Na capital Vitória, essa queda foi ainda maior, de R$ 0,60.

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Na Grande Vitória, há postos operando com valores bem abaixo. – Foto: Aline Pagotto/ Next Editorial

A nota esclarece ainda que esse movimento pode ser fruto da redução no custo de aquisição. Mas é importante esclarecer que o preço de venda dos postos sofrem outros impactos, como custos operacionais, aluguel, salários e encargos e a concorrência local.

Redução X Coronavírus

Os valores também pode estar relacionado a baixa demanda de consumo, segundo o economista, gestor do grupo Linsen e professor da Universidade Vila Velha (UVV), Wallace Millis. “No primeiro momento, os postos continuaram a atuar com os preços elevados porque estavam com alto estoque. Com a chegada do novo coronavírus, a crise econômica causou uma redução de veículos na rua. Mas os estoques continuavam cheios, por isso houve essa queda nos valores”, explicou.

Ele complementa que os esse é resultado de algo que já ocorre há mais de 30 dias, mas é uma redução significativa. ” O novo coronavírus influenciou tanto no preço do óleo que fez a Rússia pedir a redução do valor. Faz com que a queda da demanda obrigasse os postos a ter que competir por preço”, reforça.

Segundo Millis, quanto maior a procura, maior os valores.  “É a chamada demanda pela “oferta-procura”. Quando a demanda está alta, não faz sentido os postos competirem por preço, mas quando o consumo está em baixa, o raciocínio do dono do posto é reduzir o valor num momento de rivalidade.Assim ninguém perde”, finalizou ele.

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