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sexta-feira, 29 março, 2024

Alta do dólar aquece indústria do vestuário capixaba

No Espírito Santo, o setor de vestuário se destaca cada vez mais

O câmbio desvalorizado frente ao dólar voltou a colocar a indústria do vestuário do Espírito Santo no radar das grandes redes que precisam de produção em larga escala. É o que afirma o empresário José Carlos Bergamin, presidente da Câmara Setorial da Indústria do Vestuário da Federação das Indústrias do Espírito Santo (Findes), que prevê um crescimento de 3% para o setor em 2019.

No cenário econômico anterior, com o real valorizado, a maioria das grandes redes importava peças prontas de países asiáticos como Vietnã, Camboja e Bangladesh, o que prejudicou a indústria nacional desse segmento como um todo. “Anteriormente, os importados ficavam 40% mais baratos do que o nosso produto.

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Era difícil concorrer. Com o câmbio atual, voltamos a ser competitivos. As grandes cadeias que produziam suas peças na Ásia passaram a procurar fabricantes no mercado brasileiro. As confecções capixabas têm mais agilidade para preparar coleções pequenas,
mais fracionadas, mais temáticas, acompanhando os nichos de mercado”, explicou Bergamin. Além disso, algumas fábricas de Santa Catarina e São Paulo estão se preparando para investir em novas unidades operacionais no Espírito Santo.

O empresário destaca que a posição estratégica do Espírito Santo é vantajosa para fazer negócios, pois favorece a produção da indústria da moda nacional. “A localização permite uma melhor logística para as grandes redes, que ainda contam com incentivos fiscais e as vantagens de fazer negócios em áreas que integram a Sudene (Superintendência do Desenvolvimento do Nordeste), como a regiões Norte e Noroeste do Estado.” Para o ano de 2020, Bergamin estima um crescimento de 5% a 10% para o setor, como um todo.

Procura por mão de obra certificada

A indústria da moda nacional tem buscado fechar negócios com fornecedores certificados, considerando as condições de trabalho dos prestadores de serviço e o impacto ambiental da atividade produtiva. Nesses quesitos, a indústria do vestuário capixaba tem um destaque, por oferecer um produto em conformidade com as exigências de uma atividade com sustentabilidade e compromisso social, explica Bergamin.

“Para 2020, queremos certificar mais empresas, pois as grandes cadeias precisam de segurança ao fechar suas parcerias. Também estamos incentivando a implantação de tecnologias no processo produtivo, para aumentar a produtividade”,
comentou o empresário.

Comércio aquecido
Um indicativo importante do setor é o crescimento das vendas no varejo. De acordo com dados da Pesquisa Mensal do Comércio (PMC/IBGE), o volume de vendas do comércio varejista restrito do Espírito Santo cresceu 4,0% em setembro de 2019 na comparação com agosto. Sob a ótica interanual, frente a setembro de 2018, o comércio varejista do Espírito Santo avançou 3,6%. O aumento das vendas capixabas foi observado no segmento tecidos, vestuário e calçados, com um índice de 13,8%.
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