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quarta-feira, 1 maio, 2024

Suzano cria fundo com US$ 70 milhões para startups

A companhia quer se aproximar do ecossistema de empreendedores que fortalecem a bioeconomia com tecnologias de baixo carbono

Por Amanda Amaral

Suzano Ventures é a nova criação da Suzano, referência mundial na fabricação de bioprodutos desenvolvidos a partir do cultivo de eucalipto. O Corporate Venture Capital (CVC) da companhia terá US$ 70 milhões disponíveis para serem investidos em startups no Brasil e no exterior.

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Com a iniciativa, a Suzano pretende acelerar o processo de inovação aberta e se tornar uma plataforma global no estímulo ao empreendedorismo em torno de soluções para a bioeconomia com base na floresta plantada. O fundo foi lançado esta semana.

Biomassa do eucalipto

A prioridade neste primeiro momento será dada a startups e/ou empresas com inovações em negócios a partir de novas tecnologias e aplicações de biomassa celulósica, soluções que fomentem o uso de embalagens celulósicas, além de agtechs que acelerem a produtividade agroflorestal e a captura, mensuração e gestão do sequestro de carbono.

Os aportes serão realizados em negócios em estágio inicial e mais estruturados. Suzano Ventures também terá uma estrutura de programas de aceleração com equity para alavancar soluções que estejam em estágio laboratorial ou buscando validação comercial.

Ecossistema de empreendedores

A empresa divulgou que os investimentos selecionados estarão alinhados à estratégia de longo prazo da Suzano, que tem na Inovabilidade, ou seja, a inovação a serviço da sustentabilidade, uma alavanca importante para seu negócio. A ideia é aproximar a companhia do ecossistema de empreendedores que vislumbram fortalecer a bioeconomia a partir do desenvolvimento e aplicação de tecnologias de baixo carbono.

“O venture capital da Suzano é um instrumento de inovação aberta da companhia com o propósito de acelerar e construir a Suzano do futuro. Ela estará presente em diferentes mercados, com diferentes produtos e novas rotas tecnológicas. Acreditamos que, juntos com o nosso ecossistema, podemos fazer parte da renovação do modo de vida, a partir do desenvolvimento contínuo e acelerado de soluções na área de bioeconomia com base na biomassa florestal”, afirma o diretor de Negócios de Carbono e Corporate Venture da Suzano, Julio Ramundo.

Fibra têxtil sustentável 

A Suzano divulgou também que tem investido em startups ao longo dos últimos anos com o objetivo de identificar novas avenidas de aplicação da biomassa de eucalipto. Entre os casos de sucesso está a empresa finlandesa Spinnova, responsável pelo desenvolvimento da tecnologia para a produção da primeira fibra têxtil sustentável do mundo desenvolvida a partir de celulose microfibrilada (MFC) de madeira — fibra de celulose reduzida a dimensões nano, fruto de inovação disruptiva.

O investimento inicial da Suzano na Spinnova foi de € 5 milhões e ocorreu em 2017, seguido por rodadas de aporte complementares até 2021, quando a empresa europeia abriu seu capital com um valor de mercado de € 390 milhões. Atualmente, está sendo construída a fábrica da Woodspin, joint venture entre a Suzano e a Spinnova, com previsão de produção da fibra para marcas têxteis globais ainda em 2022.

Agora, com a Suzano Ventures, a companhia pretende garantir maior agilidade na análise de projetos e startups com propostas e soluções às verticais e teses de investimento definidas. Para isso, contará com um time para sua operação, enquanto a governança, a avaliação técnica e financeira dos targets de investimento incluirá especialistas de P&D da companhia, que já estão presentes em ecossistemas de inovação no Brasil, na América do Norte, na China e em Israel.

Com informações da Suzano. 

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