Cinco startups vão começar a receber aportes do Estado por meio do Fundo de Investimentos em Participação, o Funses 01
Por Amanda Amaral
Cinco startups assinaram um protocolo de intenções com o Governo do Estado e a TM3 Capital para começarem a receber aportes do Fundo de Investimento em Participação do Espírito Santo (FIP), ou Funses 01. Juntas, receberão inicialmente em torno de R$ 19 milhões para crescimento e desenvolvimento.
O documento foi assinado na quinta-feira (14) com a Takeat, Converta e Actiz, que serão aceleradas, e com a Aevo e W.Dental, que estão em estágio mais desenvolvido. Durante o mapeamento desta primeira fase, a TM3 Capital avaliou mais de 600 empresas.
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Aceleração das startups
A Takeat, Converta e Actiz foram selecionadas no primeiro “lote” do processo de aceleração, que será gerenciado pela ACE Startups. Após a assinatura dos protocolos, passarão por uma fase de diligência e, se aprovadas, serão aceleradas de forma híbrida (online e presencial). As três poderão receber também aportes de cerca de R$ 500 mil cada.
As empresas passarão por um ciclo de quatro meses em média e cada uma vai receber um diagnóstico. As necessidades variam conforme a empresa e sua maturidade. “O importante é que sejam feitos um diagnóstico personalizado e um plano de trabalho, para que elas resolvam os pontos levantados e, após esse período, seguimos fazendo o acompanhamento”, acrescenta Pedro Carneiro, sócio da ACE Startups.
Startups em estágio desenvolvido
Já as empresas Aevo e W.Dental, startups em estágio mais desenvolvido, foram selecionadas pela TM3 Capital para potencialmente receberem, respectivamente, R$ 11 milhões e R$ 6,7 milhões.
Ambas ainda passarão por uma fase de diligência antes do investimento ser confirmado. “Cada empresa terá que bater metas definidas em conjunto com o Fundo para que o valor total dos investimentos seja liberado”, explica o sócio e Head de Venture Capital da TM3 Capital, Felipe Marcondes de Mattos.
Funses 01
Veiculado ao Fundo Soberano do Espírito Santo (Funses), que possui recursos oriundos da exploração de petróleo e gás natural, o FIP ou Funses 01, possui modalidade de venture capital multiestratégia. Foi lançado pelo Governo do Estado em março de 2022, com a TM3 Capital como gestora e aporte inicial de R$ 250 milhões. É considerado um dos maiores da categoria no país.
O fundador e CEO da TM3 Capital, Marcel Malczewski, destaca o grande número de empresas que devem fazer parte do projeto: “devemos acelerar de forma digital até 500 empreendimentos de tecnologia, acelerar presencialmente com investimento até 50 empresas, e realizar até 30 investimentos diretos. Como o Funses olha para empresas de diferentes tamanhos, podemos acompanhar startups promissoras em rodadas subsequentes para continuarem se desenvolvendo e crescendo”.
Diversificação da economia
Já o diretor-presidente do Banco de Desenvolvimento do Espírito Santo (Bandes), Munir Abud de Oliveira, falou sobre a diversificação da economia capixaba. “O Espírito Santo tem algo que nenhum outro estado tem: um fundo soberano voltado para o desenvolvimento de empresas que diversifique a matriz econômica capixaba. São os primeiros R$ 19 milhões em cheques para empresas com alto potencial de crescimento, selecionadas a partir de um processo impessoal. O que se destaca neste processo, foi a impessoalidade da seleção. Estamos escrevendo a história do Espírito Santo e hoje foi mais um capítulo importante”, destacou.
Criação do Fundo Soberano
O secretário de Estado de Inovação e Desenvolvimento, Ricardo Pessanha, comentou sobre a criação do Fundo Soberano. “O desejo de criar o Funses surgiu desde o primeiro mandato do governador Renato Casagrande. Em 2021, foi criado o Conselho Gestor, que deu início a estudos para apresentar ao governador um novo caminho de investimento e hoje reconhecemos a importância deste trabalho”, disse.
Ele complementou: “O uso de recursos oriundos da exploração de petróleo é um marco para os capixabas pensando nas próximas gerações. Com o Fundo de Investimento em Participações (FIP), fundo vinculado ao Fundo Soberano, avançamos mais em direção à inovação. A assinatura dos primeiros protocolos de intenções do Funses 01 com startups é um grande passo para tornar o Estado ainda mais competitivo”, afirmou.
Sobre a TM3 Capital
Fundada em 2011 pelo empreendedor Marcel Malczewski, a TM3 Capital é uma gestora brasileira de venture capital. Tem um modelo hands-on e metric-driven de gestão e investe em empresas que entendem o valor que vai além do capital.
Com mais de meio bilhão de reais sob gestão atualmente, a TM3 Capital já estruturou cinco veículos de investimento e possui expertise e casos de sucesso com investimentos em empresas tanto de software quanto de hardware.
A TM3 já co-investiu ou vendeu empresas para grandes corporações, tais como: Santander, Movile, Microsoft, Trybe, Linx, Stone, Whirlpool, Sonda, Trimble e Ambev.
Sobre a ACE
A ACE é uma holding de inovação de negócios e apoio ao empreendedorismo. Fundada em 2012, por Pedro Waengertner e Mike Ajnsztajn, dois empreendedores seriais, a ACE já realizou investimento em 119 Startups e exit de 24 dessas empresas investidas. Possui experiência em investimento em startups early stage – estágio inicial, e desenvolvimento de negócios, comprovado em mais de 100 programas de aceleração, e a conexão de mais de mil empresas com startups.
A marca possui verticais de investimentos (ACE Startups), educação (Future Dojo), e consultoria corporativa (ACE Cortex). A holding foi eleita três vezes como a melhor aceleradora na América Latina.
Já passaram pelo seu portfólio marcas como Vale, Vivo, Marco Polo, Unilever, R7, VR, Vibra, Gol, Ipiranga, Neoenergia, Natura, Avon, Porto Seguro, Renner, Banco Pan, Electrolux, Panasonic, Caloi, Danone, Bayer, Gerdau, Mastercard e Ambev.
Com informações da TM3 Capital.
