O aparelho respiratório começa na ponta do nariz e vai ate o pulmão. É ele o mais atingido nas mudanças de estação, que incomodam muita gente, principalmente os alérgicos
Por Lúcia Bonino
Todo ano é a mesma coisa. O verão chega ao fim, a temperatura muda e pronto, cresce o número de pessoas com doenças nas vias aéreas. Mas afinal, por que isso acontece? Segundo a pneumologista e alergista Marcia Bellote, com a chegada do inverno há uma inversão térmica e o clima fica mais seco. Com isso, as pessoas tendem a mudar seus hábitos diários: mantêm suas casas mais fechadas, ficam em ambientes menos ventilados e bebem menos água.
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Outro fator importante que abre as portas do corpo para as doenças dessa época é a mudança na alimentação. As pessoas reduzem ainda mais a frequência do consumo de frutas e verduras, e aí o corpo fica sem vitamina C, que gera ferro no organismo e fortalece o sistema imunológico.
As crianças e idosos são os mais afetados: os pequenos, porque ainda não estão com seu sistema imunológico completamente formado, e os mais velhos, pela própria falência de alguns sistemas de defesa. Pessoas com doenças crônicas, como asmáticos, cardiopatas e imunodeficientes, também se enquadram no grupo de maior risco.

Para se proteger, atitudes simples podem ser tomadas, como manter os ambientes arejados, beber bastante líquido, ter uma alimentação balanceada e controlar a umidade relativa do ar acima de 50%. É que quando as vias respiratórias são atingidas por um ar mais seco, há uma piora do sistema respiratório, que reduz a produção do muco eliminado pelas glândulas das vias aéreas, onde estão enzimas e anticorpos protetores. O transporte do muco das vias aéreas inferiores para as superiores fica comprometido e faz com que as doenças respiratórias proliferem com maior facilidade.
Fiquei doente. E agora?
Medicamentos devem ser usados com critério e sob orientação médica. São muitos os efeitos colaterais e cada pessoa deve ter um tratamento próprio, baseado em sua história clinica. O mesmo vale para as “receitinhas caseiras”, mesmo aquelas baseadas em ervas e chás.
Segundo a otorrinolaringologista Flávia Ribeiro, atualmente existem no mercado algumas vacinas para a prevenção de infecções respiratórias, como é o caso da gripe, vírus influenza e para o pneumococo, mas elas só devem ser tomadas sob recomendação médica.
A matéria de conteúdo produzido pela Next Editorial (Republicação da Revista Samp, da edição nº 16, abril/2012). Fatos, comentários e opiniões contidos no texto se referem à época em que a matéria foi escrita. © Next Editorial