Tendo definido o propósito, as escolhas posteriores têm uma base sólida e isso ilumina os tipos de mensagens e as formas de exposição que se deve escolher
Por Mirella Bravo
Fui convidada para escrever este artigo sobre imagem e reputação profissional. O que em um primeiro momento parecia uma atividade simples, me levou a dias de reflexão e busca de releituras para trazer aqui algo que de fato pudesse contribuir de alguma forma com os leitores.
Mas, por que foi assim? Afinal, como jornalista há 24 anos, dos quais atuo há 18 anos como professora universitária de Jornalismo da disciplina de Comunicação Organizacional, entre outras, bastaria sentar e escrever.
As temáticas da imagem e da reputação são basilares no ensino e no exercício prático da abordagem de estratégias de comunicação interna e externa das organizações. Que é o que ensino.
Seriam algumas linhas de dois conceitos fáceis de serem tratados e exemplificados. Mas uma primeira reflexão, entre todas, foi a mais importante pra mim: qual o propósito deste artigo? Ele dialoga com o meu propósito? Quero assiná-lo e compartilhar a publicação ao final? De que forma ele colabora para a manutenção da minha própria imagem e da reputação profissional?
Ora, se imagem nada mais é do que um conceito ou opiniões que outros sujeitos têm a respeito de você, ou de uma organização, ou mesmo de um produto, de uma marca ou de certa personalidade, o que está em xeque são os aspectos que esses outros sujeitos estão vendo e que os levam a pensar de uma forma ou de outra, formando a tal imagem final pública.
Por outro lado, não dá para controlar o que se passa na cabeça das pessoas, suas subjetividades, não é mesmo? Então, só nos resta comunicar com intencionalidade e coerência.
Podemos saber quem somos, entender melhor os pontos fortes e fracos, ter clareza das nossas potencialidades e, enfim, da nossa identidade. Identidade é como nos definimos. Imagem é como os outros, vendo como nós comunicamos a nossa identidade, nos vêem e pensam de nós.
Por isso, mesmo sendo pessoas e profissionais múltiplos, precisamos produzir, como foco na reputação profissional, uma mensagem coerente nos veículos de comunicação. Quais? Este é outro ponto que merece atenção.
Ser coerente em todo o conjunto de exposições em apenas um meio de comunicação ou vários tende a gerar uma maior clareza do conceito final que o público vai chegar.
Por isso, a atenção está em qualquer meio que usar, desde as redes sociais, incluindo whatsapp e instagram, até um site ou blog pessoal, bem como exposições em mídias abertas com artigos ou participação em entrevistas jornalísticas de sites, televisões ou rádios.
Ter um propósito claro, que dialoga com a sua identidade, é a primeira ação que deve ser tomada. Tendo definido o propósito, todas as escolhas posteriores tem uma base sólida e isso ilumina os tipos de mensagens e as formas de exposição que se deve escolher.
O propósito traz a intencionalidade necessária para o máximo controle na construção da imagem e, consequentemente, reputação profissional. Eu tenho o meu: Quero ser memorável ao potencializar vivências e transformar mentalidades pelo compartilhamento de conhecimentos e aprendizados.
Não há dúvidas da relação desta publicação com o meu propósito pessoal, que busca traduzir a minha identidade e, desta forma, construir a imagem que espero. Fui até onde pude, com intenção clara. Agora, me digam vocês se deu certo.
Mirella Bravo é professora universitária dos cursos de Jornalismo, Publicidade e Propaganda e Direto da FAESA e atua em mentoria, treinamento e consultoria em Comunicação. Possui graduação em Comunicação Social, graduação em Direito, Pós-Graduação em Estratégias em Comunicação Organizacional, MBA Liderança e Gestão de Pessoas, Mestrado em Comunicação, Pós-Graduação em Formação em Docência do Ensino Superior, Pós-graduação em Direito Digital e Pós-graduação em Curso Preparatório para Carreira de Magistratura.
