Menos emissão de carbono e mais produção são características do biochar, novo fertilizante que será produzido em Brejetuba
Por Gustavo Costa
Um novo fertilizante, feito da palha do café, deverá se colocar como uma importante opção para a redução de carbono e aumento produtivo nos próximos anos. É o biochar, que terá no município de Brejetuba a fábrica da NetZero. O investimento é da ordem de R$ 20 milhões.
De acordo com a empresa, 200 produtores de café devem ser beneficiados com uma maior produção. Além disso, a fábrica terá capacidade para produzir algo em torno de 4.400 toneladas do produto todos os anos, o que servirá para diminuir cerca de 6.500 toneladas de CO2 na atmosfera durante o período.
No último dia 16, o governador do Estado, Renato Casagrande esteve em Brejetuba e conheceu todo o planejamento da NetZero a respeito da fábrica. “É um produto inovador, que melhora as condições do solo para a planta ser mais eficiente. Sabemos que teremos mais unidades no Espírito Santo, e isso será uma grande conquista para nossa agricultura”, celebrou ele.
Produto versátil
Ele foi recebido por Pedro de Figueiredo, cofundador da NetZero e CEO da NetZero Brasil, que falou sobre as vantagens do biocarvão. ” O nosso projeto retira o CO2 da natureza, através da produção do biochar utilizando os resíduos do agronegócio. Hoje estamos trabalhando com a palha de café, mas podemos utilizar outras biomassas, como bagaço, casca de cacau ou de milho, entre outros”, falou Figueiredo.
Antes de desembarcar em Brejetuba, o projeto já estava em plena operação em Minas Gerais. A NetZero conta atualmente com a fábrica em Lajinha (MG) e já anunciou a construção de uma terceira unidade, no município de Machado.
