ES Brasil conversou com o superintendente da Polícia Federal sobre combate ao crime organizado, conquistas e desafios da instituição
Por Fabio Gabriel
Neste ano, a Polícia Federal (PF) completou 80 anos de existência. No último dia 16 de novembro, também foi comemorado o Dia do Policial Federal. A Constituição Brasileira define a segurança pública como dever do Estado e um direito e responsabilidade de todos. O artigo 144 especifica os órgãos responsáveis e suas respectivas atribuições. Mas você sabe qual é a área de atuação da PF?
O superintendente da Polícia Federal no Espírito Santo, Magno Xavier, falou um pouco sobre a instituição. “Pela Constituição, são diversas responsabilidades. Temos a apuração de crimes contra a ordem política e social, crimes que envolvam interesse da União, autoridades autárquicas, entorpecentes, contrabando, além de atuar como polícia aeroportuária, marítima e de fronteira e polícia judiciária da União, tanto de forma interestadual quanto internacional”, explicou.
Além de fiscalizar na terra, no céu e no mar, a PF também atua em outra área: a virtual. Em um mundo cada vez mais conectado, o monitoramento desse ambiente é cada vez mais necessário. “Boa parte dos crimes é virtual. Antes, a pedofilia estava restrita ao aspecto físico. Hoje já observamos a produção e remessa de material de forma virtual. Por isso, o monitoramento tem se tornado mais frequente, sempre com determinação judicial.”
Para o superintendente, a colaboração com outras instituições é fundamental: “Temos parcerias com organismos internacionais e realizamos ações conforme o tipo de delito, como crimes de ódio, nazismo, apologia à misoginia e injúria racial. Se alguém comete essas práticas e pensa que está passando despercebido, a polícia, em algum momento, vai bater à porta”, alertou.
Somente este ano, a Polícia Federal no Espírito Santo realizou mais de 90 ações, muitas delas relacionadas ao combate ao tráfico de entorpecentes. “Algo que marca muito aqui no Espírito Santo é o combate ao tráfico de armas e drogas. Estamos investindo bastante para coibir e combater o crime organizado.”
Para o superintendente, o sucesso das ações vem tanto da dedicação dos agentes quanto da colaboração com outras instituições. “A integração com outros órgãos é fundamental por conta da troca de informações. Em uma operação para coibir o contrabando, por exemplo, foram apreendidos mais de 6 milhões de reais em espécie, graças ao trabalho conjunto.”