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quarta-feira, 22 DE janeiro DE 2025

Pais: Brincadeiras ao ar livre estimulam imaginação e criatividade

Brincar ao ar livre ajuda a criança a ter uma infância feliz e saudável. Nada melhor que correr, brincar de pique e jogar bola

Por Paula Bourguignon

Muitas crianças hoje em dia preferem ficar na frente na televisão ou mesmo do celular, seja jogando ou assistindo desenho.

Uma pesquisa realizada recentemente comprova que 84% das crianças brasileiras brincam ao ar livre por duas horas e esse tempo pode ser suficiente para que estimulem a imaginação e a criatividade, além de colocar o corpo em movimento e incentivar o desenvolvimento psicomotor infantil.

“Sou do interior. Então fui criada com muito contato com a natureza e animais Acho que isso contribuiu bastante com um desenvolvimento saudável, corpo e da mente. Tento criar meu filho sempre ao ar livre para que ele se desenvolva assim”, disse a mãe do Bernardo, de cinco anos, Rosilane Fehelberg.

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Outra mãe que é a favor de passeios ao livre é Tatiane Guimarães, mãe de Maria Flor, de 5, e Henrique, de 3 anos. “Acho muito importante eles brinquem fora de casa, principalmente para a socialização. Levamos muito eles na pracinha aos finais de semana. Além disso, para que tenham um contato maior com a família e amigos. Às vezes em casa, com tantos eletrônicos à disposição, não conseguimos ter”.

Brincar sempre é uma atividade divertida e cria também afeto não apenas para as crianças, mas para os pais, educadores e demais pessoas que se envolvem na brincadeira.

A diversão é para todos, sendo uma maneira lúdica de transmitir conhecimentos, principalmente para as crianças, e de desenvolver habilidades motoras e áreas do corpo humano, como os membros superiores e inferiores.

Nestas atividades ao ar livre, a criança aprende a correr, pular, saltar, rolar, escorregar, girar, subir, descer, escalar, cair.

Cognitivo

Em uma pesquisa encomendada pela marca OMO no último ano, realizada com 12 mil pais que residem em dez países – entre eles, o Brasil –, cerca de 84% das crianças brasileiras brincam ao ar livre somente até duas horas por dia, tempo que pode ser suficiente para que elas se sintam à vontade para imaginar e inventar novos mundos, além de exercitar todos os membros do corpo, o que se encaixa no conceito de psicomotricidade, fundamental para o desenvolvimento motor infantil.

“As atividades físicas em ambientes abertos, ou seja, ao ar livre, como praias, parques e pracinhas são muito importantes pois ajudam e auxiliam tanto no desenvolvimento cognitivo das crianças, para elas trabalharem a lateralidade do corpo, a se movimentarem, exercitarem, mas também a questão lúdica, no que se refere a disciplina, espírito de trabalhar em equipe e o diálogo. Motivando a socialização de cada um deles”, explica o professor de treinamento personalizado na SoulFit Studio Boutique Cesar Agusto Brott.

Atividades lúdicas 

O estímulo das atividades lúdicas ao movimento, ao equilíbrio e à coordenação motora promove ainda:

•O desenvolvimento de habilidades motoras que auxiliam no descobrimento do próprio corpo e seus membros, contribuindo para o movimento livre e seguro;
•Melhor comunicação e expressão de ideias para colegas, familiares e educadores;
•O amadurecimento de habilidades motoras finas, que, futuramente, promovem a melhor aprendizagem da alfabetização;
•A percepção e o desenvolvimento de movimentos que sigam um ritmo, a partir de atividades que estimulam jogos em movimento e danças.

2 a 5 anos

A coordenação motora fina só se desenvolve nas crianças a partir dos 6 anos. Nesta fase, a atenção e o equilíbrio ainda são limitados. A visão e a capacidade de seguir objetos em movimento ainda não estão completamente desenvolvidos.
Portanto, as atividades indicadas são aquelas que dependem da coordenação motora mais grosseira e habilidades básicas, como correr, nadar, rolar, cambalhotas, jogar e pegar objetos de um para o outro.

6 a 9 anos

A partir dos 6 anos, a maioria das crianças já tem habilidades motoras suficientes para esportes mais organizados, com regras e em grupo. As regras deixam de ser aleatórias e centradas na própria criança. Mas ainda pode faltar a coordenação entre os olhos e as mãos, exigida em algumas atividades. É possível também que a criança ainda não consiga entender ou lembrar de todas as regras e estratégias de determinados esportes em equipe.

Sendo assim, os esportes mais adequados são aqueles que podem ter suas regras flexibilizadas e que exijam habilidades mais básicas. Incluem-se nessa lista correr, nadar, pedalar, fazer artes marciais, ginástica olímpica, dança, jogar futebol ou tênis. Esportes que precisam de tomadas de decisão rápidas, reflexos apurados e estratégia de equipe, como por exemplo, basquete, handebol e vôlei) ainda não são adequados, a não ser que sejam bastante modificados.

10 a 12 anos

Nesta fase, a maioria das crianças já consegue realizar atividades complexas, já tem boas habilidades motoras e cognitivas, inclusive para seguir estratégias de jogo, tanto individual como em equipe. Porém, o foco ainda deve ser em desenvolvimento, diversão e participação, não em competição. Vale lembrar que, neste período, muitos já podem estar na puberdade. Ou seja, isso influencia no esporte adequado, pois pode haver crianças muito maiores, mais fortes e mais pesadas do que outras da mesma idade.

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