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sábado, 27 abril, 2024

Opositores criticam Pazolini por ações da PM no Carnaval de Vitória

Personagens envolvidas na próximo pleito utilizaram as redes para criticar tática de dispersão dos foliões no centro e criticam ausência de planejamento de Pazolini

Por Robson Maia

Não suficiente às polêmicas pré-carnaval envolvendo o prefeito de Vitória, Lorenzo Pazolini (Republicanos), e os tradicionais blocos de rua na região central da capital capixaba, a briga se estende ao “pós-carnaval”. Opositores do gestor foram às redes sociais criticar a postura das forças de segurança na dispersão dos foliões e apontaram a ausência de “planejamento” e “gestão pública” como o problema central para os incidentes registrados.

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No período que antecedeu ao feriado e as tradicionais festas carnavalescas, os conflitos envolvendo moradores e agentes culturais da região do Centro de Vitória e a gestão do município se acentuaram. Com uma série de restrições definidas pela Prefeitura, como o horário de desfiles, por exemplo, o tema se tornou tópico sensível às vésperas da festa que reuniu mais 200 mil pessoas ao longo do feriado, segundo estimativas das forças de segurança.

Posteriormente, a gestão “recuou” de algumas decisões, estendendo o horário de apresentações dos blocos e divulgando, por exemplo, um espaço destinado para as festas que se estendem após os desfiles (no Sambão do Povo).

Mesmo diante de um planejamento divulgado, os últimos dois dias foram marcados por relatos e registros fortes nas ruas que tradicionalmente são tomadas por foliões. Vídeos publicados em redes sociais mostram as forças de segurança que atuaram na dispersão do público utilizando balas de borrachas e bombas. Isso durante a madrugada e com a presença de ambulantes no local.

O episódio serviu como uma bandeja farta para que adversários políticos de Pazolini fossem às redes e criticasse uma suposta ausência de planejamento do Executivo municipal para a realização do evento e, sobretudo, na dispersão do público presente.

A pré-candidata à Prefeitura e deputada estadual, Camila Valadão (Psol), publicou um vídeo em que afirma que a realização do evento se deu mesmo com as tentativas de impedimento do gestor da capital e que faltou administração do prefeito e sua equipe para que cenas como as relatadas na madrugadas não acontecessem.

“É quarta-feira de cinzas e essa aqui [registros da dispersão policial com utilização de bombas] é a imagem que a atual administração de Vitória quer deixar sobre o carnaval no Centro de Vitória, que só aconteceu graças à resistência dos blocos e da população. Sabe por que isso aqui acontece? Porque falta gestão, estratégias de dispersão dos blocos”, criticou Valadão.

“É importante a gente afirmar sempre que o carnaval é manifestação coletiva por tanto direito em estado democrático. Cabe às forças de segurança atuar para garantir a ordem pública e a segurança dos participantes. Mas a pergunta é, é esse o protocolo? A técnica das forças para dispersão de carnaval? Eu respeito a dignidade dos foliões, comerciantes, ambulantes, moradores. Nós vamos cobrar a construção de protocolos e treinamentos das forças de segurança, atuação e despeço. Mas o que falta é gestão pública. Nós não queremos que o nosso carnaval termine como um caso de polícia por falta de gestão de administrações”, seguiu a pré-candidata.

Outra personagem envolvida direta e indiretamente nas Eleições que se aproximam e que usou o episódio para criticar o atual prefeito foi a vereadora Karla Coser (PT). A petista também criticou em suas redes sociais a forma de atuação com ambulantes que trabalhavam nos locais onde foram registradas o uso de bombas de efeito moral.

“Recebi mensagens de ambulantes angustiados com a ordem de fechar tudo na Praça Costa Pereira e com imagens e áudios de bombas de efeito moral e muita gente correndo pela Rua 7. Reitero o que disse pela manhã: a dispersão precisa acontecer, mas não tem cabimento ser dessa forma. […] O Prefeito está pessoalmente comemorando a ação articulada do BME, da Força e da ROMU sem levar em consideração o quanto isso afasta pessoas do nosso carnaval, e não traz a segurança e a tranquilidade que os moradores desejam”, escreveu Karla.

 

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