Veterinária orienta sobre o que considerar antes de optar por adotar um animal
Muitas vezes desejam ter um animal companheiro para morar consigo, mas sentem dúvidas sobre como escolher o amigo peludo ideal para suas condições e estilo de vida. A ES Brasil conversou com a Médica Veterinária Amanda Maria, sobre as principais questões a serem consideradas pelos interessados em se tornar tutor de um bichinho.
Amanda Maria destacou que a pergunta principal a ser feita é sobre as próprias condições do cuidador para dar suporte e atenção ao animal durante todos os anos de sua vida, afinal, adotar é uma ação que definirá uma grande parte da vida do humano também.
“Os cuidados com os pets vão além de comprar ração de qualidade, petiscos e brinquedos. Eles também precisam de espaço adequado, cuidados médicos veterinários frequentes e muitas vezes precisam de passeios, o que demanda tempo. Pense sempre a longo prazo,
principalmente pra quem mora de aluguel: é um ponto muito sério a se considerar, pois existem grandes ínidices de abandono decorrentes de problemas relacionados à moradia do tutor. Temos um número expressivo de abandono quando o responsável se
muda e o novo espaço não aceita pets”, comentou a veterinária.
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Outro aspecto a ser analisado é a adaptação da casa e da rotina para cuidar do novo membro da família. Os animais precisam de rotina e de recursos, explica a veterinária Amanda Maria. “Precisamos sempre ter disponível: local confortável e abrigado de chuva, frio e sol para dormirem; pote de água e comida; espaço para realizarem as necessidades (caixas de areia e sanitários) e ambiente adequado para convívio, além de enriquecimento ambiental para bem estar”, ensina a veterinária Amanda Maria.
Até dentro de uma mesma espécie existem variações de necessidades entre as raças. Um ponto que requer cuidado é o fato de que os cães, principalmente de médio e grande porte, quando não conseguem gastar sua demanda energética básica, começam a apresentar comportamentos de ansiedade.
Gatos, por sua vez, são uma espécie que, no geral vive bem sozinha, indica a veterinária. Porém, a maioria das pessoas tem mais de um gato, o que requer mais recursos disponíveis e espalhados pela casa para que os animais não precisem disputar entre si e enfrentar estresse. “Muitas vezes devido a limitação de espaço, acabamos pecando na distribuição de recursos e causando conflitos sociais entre os felinos”, afirma Amanda Maria.
Aqueles que já têm um animal de estimação e gostariam de adicionar mais um à família precisam considerar como realizar a introdução do novo bicho ao antigo.
“Ao apresentar um outro gato ou cão, precisamos respeitar a adaptação individual de cada
pet, isso demanda tempo e tem que ser orientado por um profissional. Adaptação
gradativa e permissiva é a chave para uma convivência harmoniosa entre nossos diferentes
pets, então, é de suma importância que consideremos a particularidade de cada espécie e raça para adaptação”, orienta Amanda Maria.
Perguntas importantes a se fazer antes de adotar:
- O porte e características do pet é adequado ao espaço que tenho a oferecer?
- Caso eu precise me mudar, estou disposta a procurar novas residências somente se aceitar meu pet?
- Estou preparado financeiramente para manter esse pet com qualidade adequada de
vida durante anos? - Caso já tenha um animalzinho, ele convive bem com outros animais? É sociável? A introdução vai produzir mal estar ao pet que já tenho em casa?