Veterinária Amanda Miranda orienta como fazer uma boa adaptação ao adotar um novo animal. Veja dicas para gatos, cães, aves, cágados e jabutis
O Dia Mundial dos Animais, celebrado em 4 de outubro, é uma data importante para valorizar a presença dos companheiros animais na vida das pessoas, mas também lembrar a responsabilidade que temos ao trazê-los para nossas vidas. Nesta ocasião, a ES Brasil conversou com a médica veterinária Amanda Maria Miranda sobre as melhores estratégias garantir que a chegada de novos pets seja marcada por uma transição suave e uma convivência feliz.
Afinal, em um dia dedicado a homenagear nossos amigos bichos, é vital proporcionar não apenas um lar, mas também um espaço onde possam encontrar amor, atenção, segurança e carinho.
Especialista em Esporotricose Felina e Clínica Médica de Cães e Gatos, a veterinária Amanda Miranda recomenda, de maneira geral, para quem for adotar um novo animal, seja ele um cão, gato, ave, coelho, tigre dágua ou jabuti, que seja respeitado o tempo do novo pet, principalmente se você já tiver outro animal em casa.
“É preciso fazer uma socialização gradativa, ir aproximando os animais aos poucos, observando a reação deles quando estão juntos, não tentando forçar um convívio”, explica.
O segundo passo a se pensar são os recursos do ambiente em que vão viver. É preciso ter potes de água e comida, caminhas, caixas de areia, gaiolas e viveiros suficientes e que acomodem os pets de forma confortável e sem disputas.
“No mínimo é preciso ter 1 item básico para conforto e bem estar para cada animal. Ambientes adequados e com enriquecimento ambiental são fundamentais, principalmente, na introdução de um animal em um novo ambiente. O enriquecimento ambiental servirá para promover bem estar e saúde, muitas vezes evitando que os animais fiquem ansiosos ou ociosos. Passeios e socialização com diferentes animais e pessoas também são de suma importância nessa etapa. Lembrando sempre de respeitar o seu animal, não forçando situações desconfortáveis e estressantes”, orienta Amanda.
Confira as particularidades na adaptação de diferentes espécies:
Gatos
Segundo a médica veterinária Amanda Miranda, a adaptação dos gatos requer paciência e muito respeito.
Ela indica como primeiro passo a transferência de odores: ir colocando um pano com o cheiro do seu outro pet, até que gatinho se acostume com esse odor, sem se estressar ou “riscar fosforo” (como é chamado o barulho de estranhamento que os gatos fazem).
A partir do momento que o bichano estiver seguro, é o momento da aproximação
visual, também gradativa. Arranhadores no ambiente, sachês todos os dias , estímulos,
escovação dos pelos, são fundamentais para um gatinho feliz.
Cães
A primeira dica é sempre se atentar aos diferentes tamanhos dos cães, se é macho ou fêmea, se é filhote, adulto ou idoso. Cães com diferentes portes e faixas etárias podem ter
comportamentos diferentes, sendo uns mais agitados, outros mais quietinhos. As vezes nas
brincadeiras um ter mais força que o outro. É preciso sempre estar atento a esses detalhes.
O contato entre fêmeas e machos requer atenção ao período de cio. Também a questão da territorialidade: cães (como outros animais) podem ter comportamento de dominância. Sendo assim, é importante observar se um cão tenta exercer essa dominância sobre o outro. “Com tudo isso, a dica para cães essencial é, de fato, observar se haverá ou não o comportamento agressivo. Lembrar que passeios diários fazem toda diferença para um cão feliz!”, acrescenta Amanda.
Coelhos
É muito importante focar na alimentação dessa espécie, que precisa ser bem
balanceada e diferenciada. Com orientação de um médico veterinário, o tutor deve oferecer diferentes tipo de alimentos para que eles se acostumem desde novinhos.
Em relação ao ambiente, os coelhos tem hábito de roer, então, a dica fundamental da veterinária para os cuidadores dessa espécie é apostar em enriquecimento ambiental que envolva alimentos e objetos próprios para que haja desgaste dos dentes.
Aves
Os pássaros são animais que gostam e precisam de uma certa rotina. É necessário respeitar sempre o fotoperíodo: à noite, as aves precisam dormir, sem presença de foco de luz, logo, o cuidador deve cobrir a gaiola de forma adequada, orientada por um médico veterinário.
“Se optar por deixar a ave solta em casa, sempre precisa ser sob supervisão, nunca
sozinha. Outra dica de ouro: evitar temperaturas baixas e não expor essas espécies ao ar condicionado”, destaca Amanda.
Cágados e Jabutis
Devido a particularidade especifica dos cágados, que são semi aquáticos, eles necessitam de um recinto especifico que contenha uma parte com terra e outra com agua, para que possam submergirem .
Já os jabutis são animais terrestres, assim, o recinto precisa ter terra, principalmente no caso das fêmeas, devido a postura, e também locais com sol. “Cuidado com pets maiores, como cães e gatos, pois podem querer “brincar” com os cágados e jabutis, ocasionando sérios acidentes!”, adverte Amanda.