A sustentabilidade exige uma abordagem integrada e multidisciplinar, que combina diferentes conhecimentos e perspectivas
Por Luiz Fernando Schettino
A sustentabilidade é um dos maiores desafios da sociedade contemporânea, à medida que enfrentamos problemas como mudanças climáticas, escassez de recursos naturais e desigualdade social. Nesse contexto, a pesquisa científica e a inovação ocupam uma posição central na busca por soluções práticas e eficazes, que conciliem desenvolvimento socioeconômico sustentável, preservação ambiental e bem-estar social.
A pesquisa científica desempenha um papel essencial na compreensão dos fenômenos relacionados à sustentabilidade. Por meio de estudos detalhados, é possível identificar os impactos das atividades humanas no meio ambiente, monitorar mudanças climáticas, analisar a biodiversidade e avaliar os ciclos de recursos naturais. Essa base de conhecimento permite não apenas diagnosticar problemas, mas também propor estratégias de mitigação e adaptação.
Além disso, a ciência tem o poder de questionar paradigmas estabelecidos, promovendo uma reflexão crítica sobre práticas insustentáveis e incentivando a adoção de novos modelos. Um exemplo disso é a transição energética global, impulsionada por estudos que demonstraram os efeitos nocivos da dependência de combustíveis fósseis e os benefícios de fontes renováveis, como solar e eólica.
A inovação, por sua vez, transforma os avanços científicos em soluções aplicáveis. Ela é responsável por desenvolver tecnologias, produtos e processos que permitam reduzir impactos ambientais e aumentar a eficiência no uso de recursos. Um exemplo marcante é o avanço da agricultura de precisão, que utiliza dados e ferramentas tecnológicas para otimizar o uso de água, fertilizantes e pesticidas, garantindo maior produtividade com menos desperdício.
No âmbito urbano, inovações como edifícios inteligentes, transporte público sustentável e sistemas de reaproveitamento de resíduos têm transformado cidades em locais mais habitáveis e menos prejudiciais ao planeta. Além disso, a economia circular, um modelo que prioriza o reaproveitamento e a reciclagem, tem ganhado força como uma alternativa viável ao consumo desenfreado.


Outro aspecto fundamental é a integração da pesquisa e da inovação em políticas públicas e decisões empresariais. Governos e organizações que investem em ciência e tecnologia tornam-se protagonistas na busca por soluções sustentáveis, promovendo regulamentações, incentivos e investimentos que impulsionam práticas mais responsáveis.
Nesse diapasão, é necessário destacar o papel da colaboração entre pesquisadores, inovadores, governos e sociedade civil. A sustentabilidade não é uma meta alcançável por esforços isolados; ela exige uma abordagem integrada e multidisciplinar, que combine diferentes conhecimentos e perspectivas.
Dessa forma é importante que a sociedade entenda que que a pesquisa científica e a inovação são pilares indispensáveis na construção de um futuro sustentável. Elas nos fornecem as ferramentas para entender os desafios, desenvolver soluções e transformar nossa realidade. Investir nesses campos é investir em um mundo mais equilibrado, justo e resiliente, onde as gerações presentes e futuras possam prosperar em harmonia com o planeta.
Luiz Fernando Schettino é engenheiro florestal, mestre e doutor em Ciência Florestal, especialista em Gestão do Conhecimento e Inovação, advogado e escritor