A cantora estava internada desde 08 de janeiro. A causa da morte foi septicemia, infecção generalizada no corpo
A cantora e compositora Beth Carvalho morreu nesta terça-feira (30), aos 72 anos, por conta de uma septicemia, infecção generalizada no corpo. Segundo a Veja, ela estava internada no Hospital Pró-Cardíaco, em Botafogo, Zona Sul da cidade, desde 08 de janeiro.
Por meio de nota, o empresário da artista, Afonso Carvalho, informou que Beth morreu às 17h33 desta terça, “cercada de amor por seus familiares e amigos”.
Mas esta não foi o primeiro problema de saúde apresentado pela cantora. Em 2009, Beth chegou a cancelar sua apresentação no show de réveillon, na Praia de Copacabana, por causa de fortes dores. Em 2012, Beth Carvalho se submeteu a uma cirurgia na coluna.
Para não desapontar os fãs, a cantora se apresentou ao lado do grupo fundo de Quintal, e mostrou sua força ao cantar deitada seus sucessos no show “Beth Carvalho encontra Fundo de Quintal – 40 anos de pé no chão”.
Além disso, ao longo de sua internação no início de 2019, a filha da cantora, Luana, compartilhou um vídeo em uma mídia social em que mostrava a cantora debilitada cantando deitada na cama do hospital. Por conta disso, a quantidade de visitas foi reduzida.
Biografia
Elizabeth Santos Leal de Carvalho nasceu no Rio, em 05 de maio de 1946. O contato com a música foi incentivado pela família, a partir dos 8 anos, influenciada pelos avós. Desenvolveu o gosto pela dança – na mesma época, ganhou o primeiro violão também dos avós.
Em 1965, gravou o seu primeiro disco compacto, com a música “Por quem morreu de amor”, de Roberto Menescal e Ronaldo Bôscoli. Seu grande sucesso, “Andança”, é o título de seu primeiro LP, lançado em 1969.
Mas foi a partir de 1973 que passou a lançar um disco por ano e emplacou vários sucessos como “1.800 Colinas”, “Saco de Feijão”, “Olho por Olho”, “Coisinha do Pai”, “Firme e Forte” e “Vou Festejar”. Também gravou composições de Cartola, como “As rosas não falam”, e “Folhas Secas”, de Nelson Cavaquinho.
Em 1979, Beth se casou com o jogador de futebol Edson de Souza Barbosa e, dois anos depois, deu à luz sua única filha, Luana Carvalho.
Vale destacar que em 1997, a música “Coisinha do pai” foi programada pela engenheira brasileira da NASA, Jacqueline Lyra, para “despertar” um robô em Marte.
Foi uma das únicas artistas brasileiras homenageadas no Grammy Latino, em Las Vegas. Na edição de 2009, a cantora foi a primeira sambista a receber um dos reconhecimentos mais importantes do Grammy, o prêmio Lifetime Achievement Awards.
